Uma idosa de 84 anos teve cerca de R$ 360 mil movimentados de sua conta bancária pela proprietária do imóvel que ela alugava, no bairro do Itaigara, em Salvador. De acordo com investigação conduzida pela Polícia Civil, através da Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso (Deati), a doceira Pedrina Guimarães Brito, 65 anos, dona do imóvel, movimentou a quantia ao longo de 12 meses. Nesta quarta-feira (22), a Justiça decretou o sequestro dos bens da doceira e também entrou com o pedido de prisão preventiva. De acordo com o delegado Nilton José Costa, responsável pela investigação, o golpe começou quando a doceira alugou para a idosa um apartamento de quarto e sala, localizado no Itaigara, por R$ 3 mil mensais, mas cujo valor de mercado é de aproximadamente R$ 1,5 mil. Conhecidas há mais de 15 anos, Pedrina convenceu a vítima a entregar-lhe o cartão bancário e a senha alegando que, assim, a ajudaria a controlar os gastos. A idosa recebe uma pensão mensal de R$ 20 mil e possuía uma poupança no valor de R$ 320 mil. Ao lado do marido, Raimundo de Brito Costa Filho, e do gerente do banco onde o casal possui contas, identificado como Ranielli da Silva Santos, Pedrina fazia diversos empréstimos, saques e transferências utilizando os cartões e dados e da idosa. As investigações revelaram que o gerente estava ciente das transações irregulares e que Raimundo teve parte do dinheiro da idosa depositado em sua conta corrente. Os dois também foram indiciados. O golpe foi descoberto quando a cuidadora responsável pela idosa, desconfiada da forma como Pedrina falava constantemente em dinheiro, sugeriu que a vítima consultasse sua conta corrente e poupança. Na agência, ela constatou o golpe e registrou queixa na delegacia. A idosa chegou a procurar o casal para exigir seu dinheiro de volta, mas acabou ameaçada. Em depoimento, a idosa afirmou que o marido da doceira, Raimundo, a ameaçou com uma faca e mulher a agrediu com tapas no rosto, expulsando-a do apartamento onde residia. Pedrina, Raimundo e Ranielli vão responder por furto, apropriação indébita e formação de quadrilha. O casal também infringiu o estatuto do idoso ao torturar a vítima.
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