Imbuí: investigador da PC é apontado como autor de disparo

A Corregedoria da Polícia Civil aguarda a apresentação do investigador lotado da 2ª Delegacia (Lapinha) que baleou Leonardo Moraes de Almeida, 33 anos, e Lucas Urpia de Almeida, 19, na madrugada de sábado em uma das barraca do Imbuí. Segundo a corregedora Heloísa Brito, ele já foi identificado e um representante do policial disse que o acusado se apresentaria — o que não ocorreu até a noite de ontem. “A equipe vai aguardar até segunda-feira (hoje). Caso ele não se apresente, será intimado no local de trabalho”, explicou Helena. Leia mais Homem baleado nas barracas do Imbuí é primo de Ju Moraes Dois homens são baleados nas barracas do Imbuí Ainda segundo a corregedora, a mãe de Leonardo também trabalha na Polícia Civil. A corregedora não quis informar o nome do investigador. No dia da tentativa de homicídio, o policial estava de folga. Já foram ouvidas quatro testemunhas, todas ligadas às vítimas. Segundo elas, a briga teria sido motivada por ciúmes, envolvendo duas mulheres que estavam na mesa com o policial. Elas teriam trocado olhares com os rapazes do grupo em que estavam Leonardo e Lucas. Em seguida, os grupos discutiram por causa de uma cadeira — que teria sido o estopim da briga. Segundo um irmão de Leonardo que não quer ter o nome divulgado, o policial se levantou e atirou primeiro em Leonardo e depois em Lucas, ambos no abdômen.De acordo com Lúcia Urpia, mãe de Lucas, o filho contou que o motivo da briga foi a cadeira que Leonardo pegou na mesa do grupo que estava com o policial. Ao presenciar o começo da discussão, Lucas abriu os braços questionando o motivo da briga e foi alvejado. “Ele não estava nem bebendo”, afirmou Lúcia. A cena foi flagrada por câmeras de segurança do bar. Leonardo é primo da cantora Ju Moraes, que no final de semana protestou nas redes sociais contra o crime. Leonardo continua internado na UTI do Hospital Geral Roberto Santos em estado grave. Lucas foi transferido para o Hospital Santo Amaro e apresenta quadro estável. “Estamos chocados com a violência vinda de um profissional que esperávamos nos proteger e que perde a cabeça por motivo tão banal”, afirmou Lúcia.