O prefeito João Henrique e sua comitiva chegam hoje a Salvador, depois de passar uma semana na Espanha. Aqui, ele vai seguir tentando colocar nos trilhos um metrô de seis quilômetros que, passando por quatro estações, deve atender cinco mil pessoas por dia - numa cidade com 2,6 milhões de habitantes. Lá, ele pôde experimentar como funciona o sistema de transporte público do país europeu e provavelmente comparar as diferentes realidades. Primeiro, o prefeito esteve em Madri, capital espanhola, que com 3,155 milhões de habitantes é dona da sexta maior rede de metrô do mundo. Isso significa contar com 283,8 quilômetros de trilhos, 281 estações e uma média de 700 milhões de passageiros transportados por ano. De lá, João Henrique partiu de trem-bala para Barcelona. Foram 600 quilômetros percorridos em pouco mais de duas horas numa velocidade média de 300 km/h. Na capital catalã conheceu o metrô que tem 113 quilômetros de trilhos e funciona há mais de sete décadas, servindo com excelência os cerca de 4,2 milhões de habitantes de Barcelona. O metrô de Barcelona tem 148 estações e atende cerca de 380 milhões de pessoas por ano.
O objetivo da viagem era trazer experiências bem-sucedidas de gestão das linhas férreas para tentar tornar viável o tramo 1 da Linha 1 do metrô de Salvador (Acesso Norte-Lapa). E, segundo chefe da Casa Civil, João leão (PP), depois do contrato de diagnóstico, firmado no dia 9 de dezembro, com as estatais Feve e Euskotren, os espanhóis chegarão em fevereiro já para colocar as mãos no trilho. Segundo João Leão, eles vão ajudar a prefeitura a iniciar as obras do segundo trecho do metrô de Salvador, que liga Pirajá ao Acesso Norte, além entre Pirajá e Cajazeiras. Ainda segundo o secretário, a intenção dos espanhóis é operar também os trens do Subúrbio e construir e explorar linhas de veículos leves sobre trilhos com o município. Para Euskotren, localizada no País Basco (Norte da Espanha) que, somente em 2011 teve mais de 7,4 milhões de passageiros, o acordo firmado é visto como uma oportunidade de negócio. "Estamos articulando um convênio entre o Brasil e o País Basco para que possamos colaborar tecnicamente e para que a nossas empresas tenham possibilidades de participar nos projetos futuros que estão desenvolvendo", disse o Conselheiro de Transportes da estatal, Iñaki Arriola. De acordo com Alberto García, repórter de transportes do jornal espanhol Deia, os serviços prestados pela Euskotren são aprovados pela população. "Os trens já têm cerca de 20 anos, mas continuam atendendo satisfatoriamente", contou. De acordo com García, o valor das passagens, que equivale a R$ 2,86 em Vitória e R$ 3,20 em Bilbao – o que não é considerado caro para o custo de vida dos habitantes.O farmacêutico Átila Otxoa, 25 anos, que vive em Vitória, capital do País Basco, afirma que os veículos da Euskotren são confortáveis, espaçosos e acessíveis para pessoas com dificuldades de locomoção. O prefeito João Henrique prometeu entregar o metrô no dia 29 de março, aniversário de 463 anos da cidade. O serviço será gratuito para a população até dezembro, período em que a operação terá o subsídio do governo federal – R$ 33 milhões do Ministérios das Cidades. No início de 2013, caso não se resolva quem operará a linha, os vagões podem parar de novo.
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