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A médica Kátia Vargas disse pela primeira vez, em vídeo divulgado à imprensa nesta sexta-feira (27), que não jogou o carro que dirigia contra a moto onde estavam os irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes, mortos em um acidente em outubro deste ano, em Ondina. "Não posso assumir algo que não fiz. Acredito na Justiça dos homens e na divina. Se perdermos a fé na Justiça, acho que perderemos a fé na vida. A verdade existe e tem que aparecer", disse Kátia Vargas. A oftalmologista ficou dois meses presa e foi liberada no dia 16 de dezembro. Denunciada pelo Ministério Público da Bahia por duplo homicídio qualificado, a oftalmologista estava presa desde o dia 17 de outubro. "O acidente é trágico mais para ela (mãe de Emanuel e Emanuelle) do que para mim. Apesar do sofrimento, eu estou viva, mas sei que esta dor não tem preço, não tem tamanho, não tem tempo pra passar. Não sei nem se passa".Kátia Vargas criticou a exposição da família após o acidente. "Meus filhos foram expostos à mídia, apesar de serem menores de idade; meu marido também foi exposto em público; minha clínica recebeu ameaças de ser depredada. Recebemos ameaça de morte". Demonstrando estar emocionalmente abalada, Kátia Vargas disse que pediu que rezassem missas em apoio à mãe dos irmãos, a enfermeira Marinúbia Gomes. "Se eu pudesse falar para a mãe desses meninos, olho no olho, queria que ela soubesse que sou inocente, não matei esses meninos, não tive culpa nesse acidente". A médica irá responder ao processo em liberdade, mas não poderá deixar a capital baiana.O pedido de revogação da prisão preventiva de Kátia foi feito após a médica ter sido ouvida pela Justiça pela primeira vez, no Fórum Criminal de Sussuarana. Esta foi última parte da audiência de instrução — a primeira fase do procedimento de júri. Para que ela vá a júri popular, é necessário que o juiz decida que existiu homicídio doloso, quando há intenção de matar.[youtube pVOSo5nRYgI] Matéria original: Correio24Horas
"Não posso assumir o que não fiz", diz Kátia Vargas sobre acidente que matou irmãos