O governador Jaques Wagner esteve em reunião, na tarde desta quarta-feira (16), na Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia, CAB, para a avaliação da situação provocada pela greve dos policiais militares e as decisões que serão tomadas para amenizar a situação na capital baiana. Na reunião estavam os presidentes da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargador Eserval Rocha, o comandante da 6ª Região Militar, general Racine Bezerra Lima, o chefe do Ministério Público Estadual, procurador Marcio Fahel, e o representante do Ministério Público Federal na Bahia, Pablo Coutinho.
Saiba tudo sobre a greve da Polícia Militar na Bahia em TEMPO REAL aquiLogo após a reunião, o governador recebeu a imprensa para uma entrevista coletiva e detalhou as decisões tomadas. Wagner falou do reforço que a Bahia vai receber e o apoio da presidente Dilma Rousseff. "Seis mil homens que reforçam a segurança já estão na Bahia e outros 2.500 devem chegar nos próximos dias. Falei com a presidente Dilma e a população não ficará descoberta. Se necessário, vamos convocar mais homens para a segurança", disse.O governador também falou da falta de compromisso das associações da Polícia Militar. Segundo ele, um acordo foi assinado pela categoria e logo após eles decretaram a greve. "Associações da PM romperam com acordo feito com Governo, adotando uma posição unilateral. Introduzi uma mudança para os Praças de 7% na CET, eles assinaram concordando. Cinco minutos depois decretaram a greve. Não há negociação salarial dessa forma, fazendo assembleia e decretando greve de imediato", afirmou. Jaques Wagner reforçou que tropas serão enviadas para qualquer cidade da Bahia, se for preciso, e que com as chegada das tropas federais, Salvador irá retomar a sensação de segurança.Ainda de acordo com o governador, em conversa com o ministro Joaquim Barbosa, o entendimento do STF é de que as forças militares não têm direito de fazer greve. Uma decisão judicial emitida na manhã desta terça-feira, diz que o governador Jaques Wagner deve realizar, de imediato, um plano de contingenciamento da segurança pública em todo o estado. O objetivo é preservar os interesses públicos de segurança social e jurídica. A decisão também diz que todo o efetivo da PM deve voltar imediatamente às atividades para a garantia da segurança pública.