Foto: Reprodução/Facebook |
Claudio Alfonso, que é coordenador do laboratório de tecnologia LabLive, no Pará, publicou uma imagem do velório em uma rede social e desabafou: "Velório de minha irmã morta pelo marido. #femicidio #machismomata", escreveu. Uma amiga de Claudio falou da violência contra as mulheres.
"Estou desolada por ti, irmão. Infelizmente tua família foi vítima do absurdo que ronda todas as mulheres". Segundo investigações da polícia, o motivo para Valdiógenes ter matado a mulher teria sido a troca de mensagens entre ela e um homem não identificado.
O advogado criminal Sérgio Reis, que defende Valdiógenes, disse ao CORREIO que o autor do crime usou um aplicativo espião “que abre um espelho do outro celular e, por esse espelho, chegaram a ele mensagens” do celular de Sandra, assassinada a tiros pelo marido dentro da Escola Municipal Alegria de Viver, em Castelo Branco.
“Ele viu a troca de amabilidade entre homem e mulher, chamando o outro de ‘meu lindo’, ‘meu amor’, e foi tirar satisfação”, afirmou o advogado, alegando não saber mais detalhes da mensagem, porque os celulares estão sendo periciados.
“Ele está arrasado, era profundamente apaixonado pela mulher. Era um casal que estava ultrabem. Para ele foi um choque, porque nunca atirou em ninguém em 25 anos de corporação. Infelizmente, ao que tudo indica, a atitude dela conduziu ele a essa reação explosiva, não premeditada”, justificou o advogado.
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Segundo ele, não se trata de um “crime de machismo”, nem de um “psicopata”. Nas palavras do advogado, o assassinato configura-se como “crime passional”.
“O fato da mulher não querer o homem não significa que merece morrer. Ela é mais uma vítima”, lamentou a gestora de eventos Luciana Cruz, 44, presente no velório de Sandra, que aconteceu ontem, às 15h, no Campo Santo.
“Foi uma fatalidade. Ninguém sabe o que passou pela cabeça dele...”, lamentou a vendedora Ingrid Azevedo, 38, vizinha da vítima. “Aparentemente, eram pessoas boas, felizes, amorosas. Nunca ouvi um grito, e olhe que moramos parede com parede”, completou.
“Ela era amiga, uma mulher como eu. Mais uma vítima desses homens. Não existe Lei Maria da Penha! Nós somos reféns, indefesas, escravas”, bradou emocionada uma amiga da vítima que não quis se identificar.
Detido sob custódia, Valdiógenes teve sua prisão preventiva decretada no sábado à tarde pela juíza Regina Maria de Cerqueira, e está preso no Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas. O advogado de Valdiógenes afirma que vai tentar revogar a prisão preventiva para que ele possa responder ao processo em liberdade.
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Redação iBahia
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