Serão enterrados nesta quinta-feira (16) os corpos da professora universitária e dona do Studio de Pilates e NeoPilates Equilíbrio do Corpo, Catarina Teixeira Müller, 39 anos, e do filho Lucas, 12. O sepultamento será às 16h, no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas, em Salvador. Uma missa às 15h antecede a despedida de mãe e filho.
Eles foram mortos nesta quarta-feira (15) pelo subtenente da Polícia Militar Cláudio Guimarães Müller de Azevedo, 43, que era marido de Catarina e pai do menino, no apartamento da família, na Pituba. Cláudio, que cometeu suicídio após matar mulher e filho, também será sepultado nesta quinta, porém no Cemitério Bosque da Paz, em Nova Brasília, às 11h30.
A família morava no 11º andar do bloco B do Edifício Arpoador, na Rua Clara Nunes, próximo ao Colégio Anchietinha. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o crime. Segundo o DHPP, o subtenente, que era lotado na 35ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Iguatemi), matou a esposa e o filho com três tiros em cada. O policial se matou com um tiro na cabeça.
A constatação veio da perícia realizada pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), feita na tarde desta quarta, quando a polícia tomou conhecimento do crime. De acordo com informações apuradas no local, pela equipe do DHPP, o subtenente chegou ao prédio por volta das 1h30 da madrugada de quarta. Os disparos foram ouvidos meia hora depois de sua chegada. Segundo a perícia, não havia indícios de violação na porta da residência.
A arma utilizada, uma pistola ponto 40, do militar, foi encaminhada ao DPT para perícia. O DHPP informou que vizinhos e parentes dos envolvidos estão sendo ouvidos. Imagens do local também serão coletadas para serem analisadas pela polícia.
Os corpos foram removidos do apartamento por volta das 17h desta quarta. A perícia não constatou sinais de arrombamento do imóvel onde o crime ocorreu. No entanto, pela tarde, a Polícia Militar ainda não havia descartado a presença de uma quarta pessoa na cena do crime.
Cláudio integrava a PM há 18 anos. De acordo com o capitão André Álvares, da 35ª CIPM, os membros da companhia estranharam o fato de Cláudio não ter comparecido ao trabalho na manhã seguinte ao crime. Ele estava escalado para acompanhar as manifestações previstas para a região do Iguatemi.
O capitão André não viu mudanças no comportamento do subtenente Cláudio. “Eu não vi mudanças no comportamento dele nos últimos dias. Ontem (terça-feira), ele conversou, brincou. Se me perguntassem se isso aconteceria hoje (ontem), eu não diria que sim. Era um profissional honesto e de alta qualidade. A corporação inteira está consternada”, lamentou o oficial.
Um funcionário do prédio, que não quis se identificar, disse ao CORREIO que nunca presenciou nenhum desentendimento entre o casal. “Tenho nove anos trabalhando aqui e nunca presenciei e nem soube de nenhuma discussão entre eles”, relatou. Um morador de um prédio vizinho também comentou o fato. “Os tempos estão difíceis. Hoje em dia a tendência é o nervoso, o estresse. Foi uma tragédia”, disse o aposentado. Das varandas, moradores de outros prédios acompanhavam a movimentação policial no edifício.
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Redação iBahia
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