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SALVADOR

'Mataram porque era um PM', diz amigo do policial executado

Comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Alves Brandão, esteve no enterro e afirmou que o caso está sendo investigado

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23/02/2015 às 8:35 • Atualizada em 27/08/2022 às 9:59 - há XX semanas
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O soldado da Polícia Militar Edmilson Baiano Barreto, 46 anos, foi morto a tiros na noite de sábado (21), na localidade do Brongo, no bairro do IAPI. Edmilson, que estava há 18 anos na Polícia Militar, era lotado na 4ª Companhia do Batalhão de Guardas e trabalhava há seis anos no posto da PM do Hospital Especializado Mário Leal, no IAPI. De acordo com amigos do PM, Edmilson estava de folga e passou o dia na casa de um amigo que mora no Brongo. Por volta das 21h20, quando bebia com dois amigos em frente à casa de um deles, o PM foi surpreendido por dois homens. Edmilson foi atingido por três tiros. Ele foi socorrido para o Hospital Geral Ernesto Simões Filho, no Pau Miúdo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O corpo de Edmilson foi enterrado ontem à tarde no Cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas. Entre os amigos que estiveram no enterro, o sentimento era de tristeza e perplexidade. Segundo eles, Edmilson, que havia sido criado no Pero Vaz e atualmente morava no Imbuí, evitava passar muito tempo no Brongo por causa dos recentes casos de violência ocorridos naquela região. "Ele nunca foi de ficar lá justamente por causa da violência. Os bandidos da área podem ter achado um desaforo ver um PM bebendo ali. Não mataram ele porque era Edmilson e sim porque era um PM", afirmou um amigo do policial, que pediu para não ser identificado. Os amigos também lembraram que Edmilson evitava trabalhar em funções mais perigosas. “Ele preferia trabalhar no hospital porque não gostava de atuar na rua, se expondo”, disse outro amigo, que também pediu para não ser identificado. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Alves Brandão, esteve no enterro e afirmou que o caso está sendo investigado. “Estamos buscando uma autoria. A forma como ele morreu foi uma execução. Não podemos encarar esse fato como um fato normal. As equipes de nossa força tarefa (da Secretaria da Segurança Pública) estão investigando e acreditamos que em breve vamos elucidar esse delito”, disse o coronel.

Edmilson foi o quinto policial assassinado este ano. Todos estavam de folga quando foram mortos. Segundo a assessoria da corporação, em 2014, 31 PMs foram mortos — apenas dois em serviço. Ontem, foram feitas diligências na região em busca dos autores do crime. Segundo informações que circulam entre os PMs, pele aplicativo WhatsApp, os suspeitos do crime seriam ligados ao traficante Gilmar Silva Tanajura, conhecido como Aranha, e apontado pela polícia como um dos líderes do tráfico na Liberdade. No entanto, major Carlos Humberto, comandante da 37ª Companhia Independente da PM (Liberdade), disse que não há como confirmar isso. “Temos alguns suspeitos e não descartamos nenhuma hipótese, mas não quero ser leviano. Aranha nunca dominou o Brongo. Ele está escondido e muita coisa está sendo atribuída a ele, mas ele não está com essa bola toda. Aranha está sendo procurado”, afirmou, sem querer entrar em detalhes sobre o caso, para não atrapalhar as investigações.Ainda segundo o major, Aranha é rival da quadrilha liderada pelo traficante Coruja. Edmilson deixa um filho de 3 anos. O crime será investigado pelo Departamento de Polícia e Proteção à Pessoa (DHPP). No domingo (22), nenhum delegado foi localizado para comentar o caso. Já a assessoria da Polícia Civil não atendeu as ligações da reportagem no domingo (22).
Correio24horas

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