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SALVADOR

Moradores do Santo Antônio protestam contra criação de centro para usuários de drogas

Para os donos das 17 pousadas do bairro, todas com investimento em mais de R$ 1 milhão, o projeto será a ruína do turismo no local

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31/08/2011 às 8:40 • Atualizada em 07/09/2022 às 0:37 - há XX semanas
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Prejuízo, desemprego e violência à vista. Esse é o receio dos moradores e cerca de 30 empresários que investiram no bairro Santo Antônio Além do Carmo e agora se deparam com o desejo do estado de abrir um centro de tratamento para usuários de drogas no local. A discórdia entre o poder público e a comunidade já chegou no Ministério Público Estadual (MP). Ontem foi protocolado abaixo-assinado com cerca de 400 assinaturas e um pedido de revisão do projeto. “A ideia de participação popular é mentirosa. Ninguém nos consultou. Tememos a vinda de usuários que por causa do vício perdem a noção de realidade para um local que tem, em sua maioria, uma população idosa e indefesa”, diz a socióloga que mora no Santo Antônio há 22 anos, Maria Palácios. O impasse começou há três meses quando a Associação Comunitária Barbalho e Santo Antônio (Acobasa) e a Associação de Amigos do Santo Antônio Além do Carmo (Amacarmo) descobriram que o imóvel na Ladeira do Boqueirão, que até 2010 abrigava a escola estadual Marquês de Abrantes, foi cedido ao Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas da Ufba (Cetad) – instituição veiculada à Secretaria Estadual da Saúde. Após duas reuniões entre moradores e o Cetad, os envolvidos continuam em trincheiras opostas. “Esses usuários vão permanecer por aqui e o bairro terá esse tipo de pessoa perambulando o tempo todo, o que será muito ruim para o comércio, turismo e para os moradores”, diz o vice-presidente da Amacarmo e dono de um brechó no bairro, João Cabral. Em nota, o responsável pelo projeto chamado Ponto de Encontro, o psiquiatra Antônio Nery Filho, diz que o local “pretende acolher pessoas usuárias de substâncias psicoativas à tarde e à noite, ofertando banho, roupa limpa, preservativos e material para uso protegido de drogas injetáveis”. Apesar do intuito nobre, para os donos das 17 pousadas do bairro, todas com investimento em mais de R$ 1 milhão, o projeto será a ruína do turismo no local. “O local é calmo e livre do assédio incessante de pedintes”, diz o dono da Pousada das Artes, Eric Gouguenheim.

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