Moradores do Nordeste de Amaralina fizeram uma manifestação no final da manhã desta quinta-feira (13) contra uma operação da Polícia Militar que resultou na morte de um jovem na rua Aurelino Silva. Segundo a PM, o rapaz morreu por volta das 11h durante um confronto após atirar contra os policiais.
Com faixas e cartazes acusando os policiais, os manifestantes tentaram bloquear a avenida Manoel Dias da Silva, que liga o bairro à Pituba, com armários, sofás e objetos. Eles tentaram incendiar os objetos. Os manifestantes planejam continuar os protestos durante a tarde. Segundo a PM, os policiais foram recebidos a tiros na localidade de Olaria por oito homens armados. O homem, conhecido como Carlos Gil, foi atingido e socorrido até o Hospital Geral do Estado (HGE). O Posto Policial do HGE informou que o homem deu entrada no hospital com diversos ferimentos provocados por tiros. Os policiais dizem que apreenderam um revólver calibre 38 e pedras de crack com a vítima. A população diz que o rapaz não reagiu à abordagem dos policiais militares e, por isso, fecharam a avenida em protesto contra a operação. A vítima era vizinha do menino Joel da Conceição Castro, que foi baleado e morto dentro da própria casa em 2010. O tiro que matou o menino foi disparado por um policial militar. A 13ª Companhia Independente de Polícia Militar (Pituba) confirma ter recebido a denúncia de que os manifestantes estavam tentando incendiar os coletivos, mas não atendeu à ocorrência porque a área em questão pertence à 40ª Companhia Independente de Polícia Militar (Nordeste de Amaralina). Duas viaturas da Polícia Civil foram enviadas ao local para acompanhar o protesto, bem como equipes da 40ª CIPM. Apesar disso, ainda não há informações sobre o que motivou a manifestação. De acordo com a Centel, os moradores estão tentando queimar a madeira e o lixo atirados, com a finalidade de fechar a via. O Corpo de Bombeiros foi deslocado para a região para atender à ocorrência.Caso JoelJoel se preparava para dormir no dia 22 de novembro de 2010 quando foi alvejado dentro de casa, no Nordeste de Amaralina. Ele foi morto durante uma ação da 40ª Cipm no bairro e a comunidade local acusa até hoje o policial militar Eraldo Meneses, e outros oito oficiais, de serem os responsáveis pela morte da criança. A família afirma que os PMs se recusaram a prestar apoio ao menino, que havia sido ferido no rosto. O pai, o capoeirista Joel Castro, assistiu à morte do menino poucas horas depois.
Matéria original Correio 24hMoradores realizam protesto na avenida Manoel Dias da Silva
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