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SALVADOR

Morre Chico Evangelista, pioneiro do reggae brasileiro e da axé

Compositor integrou a banda Arembepe e se tornou conhecido no festival MPB 80, ao lado de seu parceiro Jorge Alfredo

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Redação iBahia

21/02/2017 às 19:17 • Atualizada em 31/08/2022 às 22:03 - há XX semanas
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O compositor Chico Evangelista, pioneiro do reggae brasileiro e da axé music, morreu nesta terça-feira, de causas não informadas. O artista - que se tornou nacionalmente conhecido no festival MPB 80, no qual apresentou com Jorge Alfredo a canção "Rasta pé", parceria de ambos - sofria de problemas renais e estava internado numa Unidade de Terapia Intensiva em Salvador.
Evangelista foi um dos fundadores, em 1972, da Banda Arembepe, uma das primeiras a explorar o reggae no Brasil. O grupo chegou a participar de festivais e a abrir shows de artistas como Gilberto Gil e Caetano Veloso. Em 1974, gravaram no Rio, pela Odeon, um compacto com as musicas “Iaiá” e “Lá na esquina” — no disco, tiveram as participações de João Donato no piano elétrico e Wilson das Neves na bateria. Em 1975, eles gravaram um segundo compacto (“Rosa mulher” e “Afoxé ponto de Oxossi”), que encerrou sua discografia.
Em 2002, “Iaiá” foi pinçada para a coletânea britânica “Black Rio — Brazil Soul Power 1971-1980” — o grupo chegou a ensaiar um retorno no fim de 2016, com o projeto de gravar um disco de inéditas e um documentário sobre sua história, ambos previstos para o segundo semestre deste ano.
— Eu sou o dodói do suingue, não vivo sem ele. Sem balanço não é a minha — disse Evangelista em entrevista em novembro do ano passado, definido sua música.
Em 1978, o compositor deixou a banda. No ano seguinte, foi premiado no Festival de Música da Tupi, com o “Reggae da Independência”. O ponto alto de sua carreira viria em 1980, com o lançamento do álbum hoje cultuado “Bahia-Jamaica”, feito em parceria com Jorge Alfredo, e também com a participação da dupla no MPB 80, onde foram finalistas com “Rasta pé”. Na canção, que aproximava reggae e afoxé, e no disco, que incrementava ainda mais a mescla de ritmos jamaicanos e baianos, eles ajudaram a plantar as bases do que viria a ser conhecido como axé music — ainda no início dos anos 1980, "Música alegre" (uma das faixas do disco) foi gravada pelo Chiclete com Banana. Paulinho Boca de Cantor também gravou a dupla.
Em 1982, Evangelista lançaria um novo compacto, desta vez em carreira solo, com as canções “Frutas & línguas” e “Frevo do abafabanca”. Depois de um longo período longe dos palcos e dos estúdios, o compositor lançou em 2011 o disco "Luz e cor".

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