O motorista Carlos Bernardo de Jesus Santos, 36 anos, que dirigia um ônibus da União que se envolveu em um acidente na tarde do domingo, prestou depoimento na 16ª Delegacia (Pituba) na tarde desta segunda-feira (15). Depois de ser ouvido, ele foi liberado. Segundo o delegado Nilton Tormes, titular da unidade, o motorista alegou que passou mal e quando se recuperou já estava na faixa contrária, causando a batida com outro ônibus que matou quatro pessoas. "Ele disse que sofreu um mal súbito e quando se recobrou já estava na faixa contrária, quando não conseguiu evitar a colisão. Diz que sente muito pelo acidente, que não conseguiu dormir (depois da batida)", explica Tormes. No depoimento, Santos informou que trabalha na empresa há sete anos e nunca se envolveu em acidentes de trânsito. O motorista não falou nada sobre um buraco que teria provocado a batida. "Isso aí foram outros motoristas que informaram. Um buraco pode até ajudar na ação (da batida), mas ele mesmo nem mencionou buraco nenhum", acrescenta Tormes. Também foram ouvidas nesta segunda duas testemunhas, que sofreram ferimentos leves. Elas estavam no ônibus e não confirmaram a informação de que o coletivo estava em alta velocidade. "Elas disseram que a viagem vinha prosseguindo normalmente, quando de repente aconteceu a batida. Foi tudo muito rápido. Ninguém diz que ele vinha com excesso de velocidade", explica o delegado. Santos tinha começado seu plantão de domingo quando o acidente aconteceu - era sua primeira viagem do dia, depois de assumir o posto às 15h15. A batida aconteceu por volta das 15h30. Ele também ficou ferido e foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE) e depois foi transferido para um hospital particular, de onde teve alta. Agora, a polícia aguarda os laudos periciais e deve ouvir mais vítimas e testemunhas para concluir o inquérito - o motorista do outro ônibus, da BTU, ainda não foi ouvido. O motorista da União pode ser indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, com pena que vai de 1 a 3 anos.
VítimasSeis pessoas envolvidas na colisão entre ônibus que vitimou quatro pessoas na tarde deste domingo (14) já tiveram alta do Hospital Geral do Estado (HGE), de acordo com a Secretaria da Saúde (Sesab). Uma outra vítima, em estado grave, foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva no Hospital São Rafael. Três dos feridos permanecem internados no HGE: o jornalista Getúlio Ferreira dos Santos, de 50 anos, Deise, 28 e uma das crianças, de prenome Gabriela. Já Sônia Nunes Pacheco continua internada no Hospital do Subúrbio. Quatro pessoas morreram na batida, que aconteceu na via exclusiva para ônibus na avenida ACM. O corpo de Cosme Ferreira Barbosa, 23, já foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) e será sepultado esta tarde no Cemitério Quinta dos Lázaros. Os corpos de Maria de Fátima Lima de Andrade, 50, e de Ambrósio Paixão, 70, também já estão liberados pelo IML e aguardam procedimentos das famílias para o enterro. O quarto corpo, de um homem, ainda não foi identificado.
Ao todo, onze pessoas ficaram feridas no acidente |
Momento do resgate de um dos passageiros |
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