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SALVADOR

Mudança do Centro de Convenções fecha 10 mil leitos em hotéis

A transferência de local do bairro de Armação para outra região da cidade é definida como uma catástrofe pela Abih-BA

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Redação iBahia

26/10/2016 às 9:22 • Atualizada em 31/08/2022 às 20:09 - há XX semanas
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A transferência do Centro de Convenções da Bahia (CCB) do bairro de Armação para outra região da cidade é definida como uma catástrofe pela seção baiana da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih-BA). Isto porque há o risco de fechamento dos quase dez mil leitos localizados nos bairros do entorno do equipamento. “O Centro de Convenções está instalado no meio da cidade, atende toda a hotelaria da capital e aos pontos turísticos”, ressalta o presidente da Abih-BA, Glicério Lemos. Desde 2013, quando o CCB sediou o seu último importante congresso antes de ser interditado, 12 hotéis da capital baiana fecharam as portas e aproximadamente 20 mil postos de trabalho na cadeia do turismo foram perdidos. “A crise econômica foi agravada com o fechamento do Centro de Convenções. No entorno do equipamento, os hotéis geram mais de dois mil empregos diretos e a transferência para outro lugar ocasionaria uma demissão em massa desses trabalhadores”, reforça Lemos.

				
					Mudança do Centro de Convenções fecha 10 mil leitos em hotéis
Foto: Reprodução
Entre os hotéis localizados na região, o São Salvador é um dos que mais lamentam. “Como o nosso foco principal é o turismo de negócio, o que representa 90% do fluxo do hotel, a ocupação ficou bem abalada desde que o CCB deixou de operar. Sem ele, a gente amarga uma ocupação anual de 45%”, afirma o gerente de operações do hotel, David Mascarenhas.
O Piza Plaza Hotel também enfrenta a mesma situação. “Nos grandes congressos médicos, por exemplo, a gente chegava a alcançar ocupação de 100%. Hoje, eu estou lutando para chegar à metade disso”, pontua o gerente de operações, Fernando Araújo. “Diversos empreendimentos foram montados aqui por conta do Centro de Convenções. Eu não sei como vamos ficar sem esta estrutura”, completa. A solução tem sido buscar parcerias com operadoras de turismo do Sudeste e da América Latina. “Estamos tentando captar turistas do Sudeste e do Mercosul. É a única saída para se manter”, ressalta Araújo.

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