Uma rifa de R$ 3,5 mil. Esse pode ter sido o motivo da morte do mototaxista Rogério de Santana Souza, 30 anos, que foi assassinado na tarde da última quinta-feira (11) no estacionamento da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia (Ufba), na Federação. Amigos de Rogério afirmam que a mulher - Wilma Souza da Cruz - transportada na garupa da moto tramou o crime para roubar o dinheiro. Ela, inclusive, foi presa na manhã desta terça-feira (16) pela Polícia Civil. Depois de presa, foi levada para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde está prestando depoimento. A Secretaria da Segurança Pública informou que a mulher deve ser apresentada nesta terça.
"Ela armou tudo. Ela morava em Simões Filho agora, mas há muito tempo ela morava aqui na rua (na Federação) e chegou aqui na quarta (10) e na quinta aconteceu isso. Ela soube da rifa e armou tudo", conta um amigo próximo à Rogério.
Um amigo de Rogério relata que ele sempre fazia rifas para sortear dinheiro e que andava com os valores que seriam sorteados com ele. "Essa rifa era de R$ 3,5 mil. Ele estava andando com o dinheiro grampeado do papel da rifa para que o povo comprasse o bilhete. Cada bilhete custava R$ 50. Ela sabia que ele andava com o dinheiro e armou para pegar", afirma o familiar.
A mulher, no dia do assassinato, afirmou que havia sido sequestrada e foi parar em Simões Filho. Ela faltou ao depoimento marcado no DHPP e começou a ser procurada pela polícia. Rogério trabalhava como mototaxista há três anos e sempre fazia rifas de dinheiro. "Ele fazia sempre para poder ganhar uma grana", afirma um amigo dele. A versão apresentada pelos amigos sobre a rifa não foi detalhada pela polícia como a motivação do crime.
Relembre o caso
Rogério foi baleado três vezes no braço direito e uma no tórax, e morreu dentro do campus da Ufba, em São Lázaro, antes de receber os primeiros socorros. O bandido usou um revólver calibre 38 para matar a vítima. Ele foi atingido depois de ser perseguido - desde o meio de Rua Professor Aristides Novis. O homem levava Wilma, que, após o crime, foi levada pelo atirador. A bolsa da mulher ficou no chão.
No dia do crime, a tia de Wilma, Nice Vaz, disse que ela estava indo à faculdade para deixar dois currículos para uma vaga de emprego. Após ser abandonada, a jovem teria ligado para os familiares informando sobre o acontecido. Ainda segundo o que a tia disse ao CORREIO no dia do crime, ela pegou uma carona e voltou para casa. A mulher relatou também que os bandidos foram agressivos enquanto a mantiveram refém. "Eles deixaram ela já próximo de Simões Filho. Ela disse que eles foram muito violentos com ela, puxaram o cabelo e arranharam o braço. Ela está muito assustada", afirmou Nice.
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Redação iBahia
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