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SALVADOR

Mulheres fazem ato contra estupros na calçada de shopping

Outro protesto contra a cultura do estupro está marcado para acontecer no próximo sábado (4), às 13h, no Campo Grande

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Redação iBahia

28/05/2016 às 18:35 • Atualizada em 26/08/2022 às 19:00 - há XX semanas
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Um grupo de mulheres se reuniu na tarde deste sábado para fazer um ato contra a cultura do estupro em Salvador. Cerca de dez feministas encenaram, com uso de faixas, no passeio do Shopping da Bahia para chamar a atenção para o caso da adolescente de 16 anos, violentada sexualmente por 33 homens no Rio de Janeiro.
Segundo a estudante de arquitetura e urbanismo, Marcela Carvalho, as mulheres - algumas são ligadas a movimentos locais - se conheceram em um grupo no Facebook e resolveram marcar o evento. Foi a estudante que deitou ao chão e simulou um pós ataque.
"A ideia surgiu de toda a situação que nos ocorre quanto mulher. É um ato de improviso com relação ao estupro da jovem atacada por 33 homens. A gente repudia esse tipo de ação. Queremos liberdade, igualdade, direito ao nosso corpo e não sofrer assédio na rua. Todas nós já fomos vítimas de assédio e abuso, seja dentro de casa, no trabalho, na escola e até mesmo por nossos professores. Precisamos combater qualquer tipo de machismo nesses espaços", defendeu a feminista.
Elas também estão organizando outro protesto contra a cultura do estupro que está marcado para acontecer no próximo sábado (4), às 13h, no Campo Grande. "A gente quer que nenhuma mulher mais passe por esse tipo de situação. No início, não víamos muitos homens protestarem. Mas as críticas levaram alguns a refletir sobre essa barbárie e a cultura machista no cotidiano", comentou a estudante sobre a manifestação nas redes sociais.
Violência sexual na Bahia
Só em 2015, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), foram 2.549 casos. A maior parte dos registros foi em Salvador – em números absolutos, foram 531 casos, o que dá uma média de 1,4 denúncias por dia. “O crime é tão grave, que é como se matasse e ainda incendiasse o corpo para ocultar o cadáver. A mulher nunca mais vai ser a mesma. E ainda tentam colocar a mulher como culpada. Perguntam o tempo todo onde ela estava”, ilustra a desembargadora Nágila Brito, titular da Coordenadoria das Mulheres em Situação de Violência do Tribunal de Justiça (TJ-BA).
Correio24horas

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