Uma embarcação pesqueira de nacionalidade japonesa apreendida em uma faixa de mar situada entre Aracaju e Maceió, na tarde de quinta-feira (15), foi escoltada pela Marinha neste sábado (17) até o Porto de Salvador. O capitão do navio “Kinsai Maru nº. 58”, operado pela empresa brasileira “Atlântico Tuna”, foi preso em flagrante pela Polícia Federal assim que desembarcou na capital baiana, por volta de 8h. Segundo a polícia, o capitão estava com petrechos de pesca em desacordo com as regulamentações aplicáveis àquela atividade, havendo indícios de que a embarcação havia realizado atividade de pesca recente. Uma inspeção realizada no Porto de Salvador constatou ainda que nenhuma das linhas vistoriadas continha o chumbo a menos de 30 metros do anzol, estando assim, em desacordo com a norma que determina que as linhas secundárias de pesca tenham peso de chumbo de 70 gramas localizado a não mais de dois metros do anzol, minimizando a chance de que alguma ave fique presa. O cabo de toriline, utilizado para espantar as aves das proximidades do navio e das linhas de pesca, também estava irregular. Cerca de 200 toneladas de pescado estocado na câmara frigorífica, em sua maioria atum, foram encontradas no navio. A câmara frigorífica foi lacrada pelo Ibama até decisão sobre o destino do material. O capitão do navio foi encaminhado à Polícia Federal onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante por Crime Contra o Meio Ambiente, com pena detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Ele pagou fiança e responderá em liberdade perante a Justiça Federal. DenúnciaO Ibama recebeu denúncia de que três barcos, com as mesmas características, foram contratados por uma empresa com sede em Natal, e estariam realizando pesca de atum de forma irregular em águas brasileiras na região sul do país. A denúncia indicava que os navios estariam utilizando equipamentos em desacordo com os regramentos em vigor. A Marinha enviou navios para interceptar os barcos pesqueiros detendo-os e levando-os para os portos de Natal e Salvador. O terceiro barco aportou no Rio Grande do Sul, onde foi constatada a irregularidade dos equipamentos, o que resultou na prisão do comandante do navio. O Ibama detectou que a tripulação não portava licença de pesca, documento obrigatório para a atividade. De acordo com o roteiro do navio e o mapa de bordo, segundo a polícia, não resta dúvida de que houve lançamento de linhas de pesca em águas territoriais brasileiras, em frente ao litoral do Rio Grande do Sul, região propícia para a pesca de atum. O navio estava em deslocamento para descarga em Natal. Matéria original: Correio24Horas Navio japonês é apreendido e capitão preso por crime ambiental
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