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Edeilson da Silva, o Coco, foi preso em Periperi |
Edeilson da Silva, o Coco, foi preso em Periperi. Ele ficou famoso depois que sua prima apareceu num programa de TV e virou até música de pagode Música de pagode sobre Coco ganhou até clipe, que faz sucesso na internet -Cadê Coco? A pergunta não queria calar, mas, enfim, teve resposta ontem pela manhã, quando Edeilson da Silva Miranda, 22 anos, o Coco, foi apresentado ao lado de um exemplar da fruta que lhe dá apelido, pelo delegado Antônio Carlos, titular da 5ª Delegacia, em Periperi. “Ele estava na casa do avô, em Mirantes de Periperi, e foi detido sem documentos e com um papelote de cocaína, no final de semana, durante uma operação da polícia, na Praça da Glória. Quando consultamos a ficha, vimos que existia mandado de prisão em aberto por causa da morte do taxista Jailson Santos de Jesus, no final do ano passado. Só aí descobrimos que ele é conhecido como Coco. Eu nunca tinha ouvido a música. Foi uma surpresa saber que era o famoso”, explicou o delegado. Coco morava na rua Teixeira Mendes, no Alto das Pombas, Federação, e andava sumido desde março, a pedido de sua mãe, Simone Floquet, cuja família é conhecida por comandar as bocas de fumo da região. “Ela me tirou de lá por causa da morte do taxeiro. Disseram que eu tinha matado, mas quando ele foi morto eu tava na porta da igreja com minha esposa e minhas duas filhas. Saí de lá por isso e vim pra casa do meu avô”, se defende. Coco (por causa da cabeça) ficou badalado em março depois que uma equipe do Programa Na Mira, da TV Aratu, esteve na casa dele junto com a polícia, durante uma megaoperação nas comunidades do Alto das Pombas e do Calabar. Na reportagem, o repórter pergunta a uma parente do rapaz: “Cadê Coco?” A mulher, sem o menor pudor, responde: “Coco tá no brega”. Em seguida, com a insistência da reportagem, uma prima do rapaz aparece, levanta o vestido e manda: “Ó Coco aqui, ó!”, disse, dando uns tapinhas na genitália para depois mostrar o traseiro à câmera. O vídeo foi parar na internet e ganhou diversas versões, inclusive o clipe oficial das garotas coco. Mas, nada se compara à febre que virou o hit Cadê Coco?, da banda de pagode Nosso Som. “O Cadê Coco veio de uma forma tranquila, rápida. Os fãs falam que nós fomos rápidos no gatilho. Somos três parceiros na música”, diz, orgulhoso, Binho Galiza, um dos vocalistas do grupo, em entrevista ao portal Salvador Dez. Mas, diante do sucesso, o dono do nome se diz injustiçado. “Foi a maior besteira que ela (a prima) fez. Isso aí foi o que me botou lá em cima. Os outros estão ganhando dinheiro em cima de mim. Nem dez centavos eu ganhei”. Ele conta que trabalhava como mecânico no Alto das Pombas. “Lá, ganhava meu dinheiro assim. Nunca trafiquei, não roubei, nem matei. Sou usuário, mas nem passagem pela polícia eu tinha. Meus irmãos que traficavam”. Além de trabalhar, Coco afirma que ia à igreja esporadicamente. “Não ia totalmente para ser firme. Ouvia a palavra, mas não conseguia por causa da tribulação. Nunca passei por um momento assim. Tô arrependido”. O rapaz tem duas filhas - de 5 e 3 anos - que costumava levar para passear. “Antes, eu saía, agora não faço mais isso. Perdi minha juventude, mas ainda quero criar as minhas filhas. Só não procurei a polícia antes porque tive medo de ficar preso. Quando eu sair daqui, nunca mais nenhum delegado vai ver a minha cara”, promete.