Um estudo sobre a violência no transporte público, realizado pelo Centro de Estudos de Transporte e Meio Ambiente, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), elencou cinco fatores que contribuem para a ocorrência de assaltos a ônibus em Salvador. Segundo os pesquisadores, estes fatores são a proximidade a locais que facilitam a fuga, a ausência de policiamento, a maior frequência de ônibus em algumas vias, a grande movimentação de pessoas e a proximidade com pontos de tráfico de drogas.
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“Quando se sobrepõe esses fatores, produz-se locais com maior potencial para ocorrência de assaltos”, conclui o professor Juan Moreno, coordenador da pesquisa. De acordo com os especialistas, a grande demanda por ônibus em locais como Brotas, Liberdade/Calçada, Bom Juá, avenidas Tancredo Neves e Paralela, fazem desses lugares alguns dos mais propícios para os delitos. Outro problema é que o relevo da cidade e a presença de florestas urbanas dificultam o a acesso da polícia em algumas áreas.
Segundo um levantamento da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), a circulação de pessoas sem veículos motorizados é maior na região do Subúrbio Ferroviário, Península de Itapagipe, Bom Juá e Nordeste de Amaralina, o que torna esses locais alguns dos preferidos dos assaltantes. Para Daiane Bittencourt, autora da pesquisa, a falta de segurança interfere diretamente na qualidade do serviço público. “A consequência da violência é a migração das pessoas para o transporte privado, seja moto ou carro, o que acaba por gerar uma mobilidade cada vez menos sustentável”, afirma.
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Redação iBahia
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