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SALVADOR

PMs pedem para deixar prédio da Assembleia Legislativa, diz Exército

Crianças, mulheres e três PMs desistiram de continuar acampados e deixaram o prédio nesta terça-feira (7)

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07/02/2012 às 8:18 • Atualizada em 08/09/2022 às 10:23 - há XX semanas
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O oitavo dia de greve da Polícia Militar, na Bahia, mantém o clima de tensão com o 2º dia seguido de cerco das Forças Armadas ao prédio da Assembleia Legislativa, onde estão ocupados os PMs em greve. Crianças, mulheres e três PMs desistiram de continuar acampados e deixaram o prédio nesta terça-feira (7). Um PM que estava dentro da Assembleia pediu para deixar o grupo e ir para casa durante a madrugada. Foi analisado o pedido para saber se ele era um dos que tinha mandado de prisão expedido. Porém, como não foi confirmado, ele foi liberado a deixar o grupo. De acordo com o Comando do Exército, oito crianças e quatro mulheres também deixaram o prédio. Nesta terça-feira (7) pela manhã, mais dois PMs também pediu para deixar o grupo, e mesmo não tendo mandado de prisão, serão investigados pela Secretaria de Segurança Pública. Um grupo de manifestantes permaneceu em vigília do lado de fora do prédio, acampados em barracas e dentro de carros. Cerca de 400 PMs permanecem dentro da Assembleia. Eles reclamam de falta de água, luz e alimentos.
Tropas do Exército mantém cordão de isolamento em torno do prédio da Assembleia
A Justiça determinou nesta segunda-feira (6) a retirada das crianças que estão na Assembleia Legislativa, onde estão acampados desde a terça-feira (31) policiais militares em greve. Muitos familiares e filhos de PMs estão no local, segundo o Comando do Exército. A decisão acata um pedido de medido cautelar feito pelo Ministério Público da Bahia (MP/BA). Para o MP, as crianças que estão na Alba estão em situação de risco e a situação não é considerada adequada para elas. A decisão ainda não foi cumprida pelas forças policiais. Crianças deixam a assembleiaPor volta das 21h desta segunda-feira (6), três crianças deixaram o prédio da Assembleia Legislativa, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). As crianças estavam acompanhadas dos responsáveis, que também permaneciam acampados no local. Segundo informações do colaborador político Ronaldo Souza, eles saíram espontaneamente do local porque as crianças estariam assustadas com as armas e com o cerco do Exército. Assim que deixaram o prédio, o grupo passou por exames clínicos, receberam atendimento, alimentação e deixaram o CAB em um veículo particular. Momentos antes, o fornecimento de luz no local voltou a ser interrompido. Além disso, os policias e bombeiros militares ameaçaram reagir com a ampliação do cordão de feito por cerca de 600 homens do Exército e 40 agentes do Comando de Operações Táticas (COT). Por volta das onze horas, mais quatro crianças deixaram a assembleia. Segundo o Exército, a decisão de sair com os filhos foi voluntária dos manifestantes e não há um esquema para a retirada. No total, oito crianças e quatro mulheres deixaram a Assembleia. CedecaO Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca) também fez um apelo para que as crianças sejam levadas imediatamente para casa, chegando até a enviar um funcionário para negociar no local. "No mínimo, existe um equívoco dos responsáveis em levar crianças para um ambiente de conflito. Expondo essas crianças para a possibilidade de um confronto", afirmou o advogado e subcoordenacor do Cedeca, Waldemar Oliveira. Para o representante do Cedeca, as crianças estão expostas a um ambiente hostil, sem higine, água e comida, além de expostas a um clima de tensão, o que é proibido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). "As crianças não optaram estar lá. Elas foram conduzidas, diferente dos adultos que escolheram participar da manifestação. Isso é uma irresponsabilidade", protestou. OABA Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também criticou a presença de crianças na assembleia. "É grave expor as crianças e a esse tipo de situação. Usá-las como escudo humano para sensibilizar a opinião pública sobre a manifestação que estão fazendo é uma irresponsabilidade, além de ser um crime previsto no ECA. Conforme o artigo 232 do estatuto, submeter criança e adolescente, sob autoridade, guarda ou vigilância dos pais ou responsáveis, a exame ou a constrangimento prevê pena de detenção de 6 meses a dois anos", disse Ariel Castro, vice- presidente da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da OAB e presidente da Fundação Criança.

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