Lindas por fora, sujas por dentro. As praias do Porto e do Farol da Barra são campeãs em descarte de lixo, segundo a Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb). Levantamento divulgado nesta semana mostra que, desde o dia 21 de dezembro, o órgão já retirou 1,2 mil toneladas de lixo das praias da capital baiana. No verão passado, foram coletadas 2,9 mil toneladas de resíduos sólidos.
O ranking das praias com mais quantidade de lixo ainda inclui: Piatã, Itapuã, Ribeira, Boa Viagem, Canta Galo, São Tomé e Tubarão. Ao todo, 135 agentes trabalham no gerenciamento do serviço de limpeza de praias, que se estendem por, aproximadamente, 25 quilômetros de extensão, incluindo as ilhas de Salvador.
De acordo com a Limpurb, a limpeza é feita diariamente. Na estação mais quente do ano, é feita também à noite e reforçada nos finais de semana por causa do aumento de visitantes. Nas praias da Ribeira, Barra, e da Pituba até Stella Mares, limpadoras mecânicas, mini-tratores agrícolas e carretas-reboque também são utilizadas para a coleta do lixo.
O presidente da Limpurb, Kaio Moraes, recomenda aos frequentadores que, se estiverem levando o alimento de casa, também se preocupem com o descarte correto do lixo. “O ideal é levar uma sacola plástica para armazenar os resíduos e, em seguida, descartá-los em casa ou na saída, em uma das lixeiras disponíveis na orla. Já o visitante que consome na praia deve fazer o descarte no local onde comprou o produto”. Ele lembra ainda que a sujeira pode ser levada pela maré e poluir o mar, além de permanecer na areia e oferecer riscos aos próprios frequentadores.
Ordenamento
Para manter o ordenamento nas praias, a Secretaria Municipal de Ordenamento Público (Semop) realiza uma fiscalização conjunta, que conta com o apoio da Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador), Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) e Polícia Militar.
Ao todo, 15 profissionais atuam, de quinta a segunda-feira, em toda a orla, com foco nas praias de Tubarão, Ribeira, Itapuã, Piatã e Barra. As irregularidades mais frequentes, segundo o coordenador de licenciamento e fiscalização da Semop, Glauco Batos, são o comércio de bebidas armazenadas em garrafas de vidro, a utilização de equipamento fora do padrão estabelecido pela Prefeitura e a permanência de estruturas na praia à noite.
A quantidade de equipamentos e alimentos apreendidos também tem aumentado anualmente. Em 2014, segundo ano de operação, a Semop apreendeu 6.819 equipamentos e 217 alimentos. Em 2015, o número de equipamentos apreendidos subiu para 8.612 e o de alimentos, para 801. Até agosto do ano passado, houve 10.351 apreensões. Foram 9.784 apreensões de equipamento e 567 de alimentos.
Dentre os alimentos apreendidos esse ano, 490 estavam estragados ou foram estocados de maneira inadequada. A ação obedece ao decreto que prevê, dentre outras medidas, a proibição de preparo de alimentos na faixa de areia.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
Redação iBahia
AUTOR
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade