Temos observado que as organizações a cada dia valorizam mais os processos seletivos e nesses momentos além da postura que o candidato deve ter, domínio de conteúdo, desenvoltura para participar das dinâmicas em grupo, conhecimento na área e sobre a organização que deseja trabalhar, a sua oralidade e a escrita são muito observadas. Muitas empresas usam entrevistas e avaliações, como produções textuais, para avaliar o seu candidato, exatamente para analisar o nível de conteúdo e, principalmente, o domínio da Língua portuguesa.
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O que se percebe é uma fragilidade muito significativa do candidato em relação a este domínio ou até mesmo descuido, ou seja, o indivíduo é capaz, conhece algumas normas, mas ou por falta de estudo/atualização e até mesmo por vícios cotidianos, não se preocupa com o uso devido da língua. Consequentemente comete deslizes orais e escritos no momento do processo seletivo, o que acaba comprometendo sua contratação. Os deslizes mais comuns são os erros ortográficos; a diferenciação de palavras que tenham o mesmo som, mas tenham a escrita diferenciada, como mas, mais e más; o uso de modismos como “tipo assim”, “a nível de”, o gerundismo (excesso de gerúndio ou o uso incorreto) “vou estar transferindo a sua ligação”, “eu estou ‘fazeno’ faculdade”; o uso de gírias e os problemas de concordância e regência (verbal e nominal).
Vejas oportunidades de empregos e concursos Ao alcance do candidato As possíveis soluções para este problema estão “na mão” do candidato que pode procurar se atualizar, realizando leituras constantes, com a devida atenção, de textos variados; participando de cursos que contribuam para seu crescimento e desenvolvimento linguístico, principalmente em função do novo Acordo ortográfico que entrou em vigor no nosso país desde 2009 e que trouxe modificações para a língua escrita e a atenção devida no momento da entrevista e/ou produção textual. É necessário refletir sobre o nosso discurso, falar com calma, pensando na seleção e escolha das palavras para adequarmos o nosso pensamento ao discurso, buscando sempre a lógica, a clareza e a correção gramatical. Aproveite a oportunidade da seleção para mostrar a sua capacidade, proatividade, vontade de trabalhar na organização e use a língua como instrumento para isso, busque falar com calma, e escolha as palavras que realmente “digam” o que está na sua mente, pronunciando-as devagar. Em textos seguintes abordaremos, mais especificamente, outros deslizes que comprometem na qualidade dos discursos oral e escrito nos processos seletivos.
Veja também: Responsabilidade Socioambiental Corporativa: um novo campo de trabalho| Lícia Margarida Oliveira E-mail: [email protected] Consultora e Instrutora da ValoRH. Bacharel em Letras Vernáculas pela UFBA, especialista em Gestão Organizacional e Desenvolvimento Humano. Professora universitária. |
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