Após o rompimento da adutora principal que integra o sistema de abastecimento da Região Metropolitana de Salvador (RMS) na BR-324, na quarta-feira (1º), o governo do Estado disse que a implantação de uma rede de distribuição alternativa, de 500 metros de extensão e 1,5 metro de diâmetro, deve ser concluída até o final da tarde desta segunda-feira (6). Caso essas obras sejam concluídas, o fornecimento de água nos bairros atingidos deve voltar gradativamente ainda nesta segunda. Ainda segundo o governo estadual, não há como saber quais os primeiros bairros que terão abastecimento normalizado. Quanto à conclusão das obras na adutora principal, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) não divulgou o prazo para o término do serviço e, consequente, normalização do abastecimento na capital baiana e localidades situadas na Região Metropolitana. No domingo (5),a empresa divulgou, por meio de nota, que o serviço para recuperação da adutora danificada pelas obras do metrô na BR-324 "não foi concluído no tempo previsto", pois havia risco de desmoronamento de terra no local de trabalho, a 11 metros de profundidade.
Também em nota, a CCR Metrô disse que os trabalhos para conserto da tubulação danificada foram suspensos por conta desta instabilidade no terreno do local. Por conta disso, os esforços estão sendo voltados para a construção de um sistema paralelo de distribuição de água. A adutora principal é uma das principais tubulações que alimentam o sistema de Salvador, responsável por levar água da Estação de Tratamento Principal, em Candeias, até o Centro de Reservação do Cabula, o maior do município. Com a interrupção da adutora, o sistema teve uma redução na vazão de água tratada distribuída e está afetando o fornecimento de água em cerca de 60% da cidade. Veja a lista de bairros que podem ser afetados com o problema Situação crítica No lugar dos ovos de chocolate e do almoço em família, muitos soteropolitanos passaram o domingo de Páscoa aguardando em filas ou indo até a casa de conhecidos para buscar água. Na praia da Ribeira, um poço feito pela equipe que joga futevôlei deixou de ser usado só para refrescar os esportistas e passou a servir à população das redondezas. “Tem sido nossa fonte de água. Se não fosse essa ajuda, não sei como estaríamos”, disse a ambulante Maria Lúcia Pita, 53. Moradora de São Caetano, a publicitária Andréa Valadares, 31, foi obrigada a passar alguns dias na casa da irmã, em Stella Maris. “Tive que sair de São Caetano porque lá não está caindo água de jeito nenhum. A gente segurou até a limpeza da casa”, contou ela, que retornou ontem para a residência onde vive com os pais. Segundo ela, na casa ainda resta uma reserva, em um tanque, mas que está prestes a se esvaziar. “Não sei se dura dois dias. A gente não sabe como vai fazer. Se faltar, vamos ter que voltar pra casa de minha irmã”, lamentou.
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