Os documentos ainda estão em análise do Cade, que garante apurar com rigor caso encontre "indícios de cartel em outras licitações, mercados ou localidades". O Conselho, que é vinculado ao Ministério da Justiça, já chegou a ser acusado pelo governo de São Paulo de dirigir as investigações com o objetivo de atingir a oposição. Ainda segundo o Cade, o inquérito focou inicialmente a atuação do esquema em São Paulo e Brasília, porque só nessas cidades a Siemens admitiu ter participado do cartel. Graças ao acordo com a entidade, a multinacional, que foi a delatora do esquema, terá anistia administrativa.
Além disso, documentos relacionados as cidades de Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador foram encontrados pelo Cade nos escritórios de quatro empresas (Alstom, Bombardier, Mitsui e T' Trans).
Na capital baiana, o consórcio realizado pela Siemens e as construtoras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez venceu, em 1999, a licitação para implantar o metrô, que até hoje segue inoperante e já consumiu mais de R$ 1 bilhão. O caso fez o Ministério Público Federal e a polícia apontarem fraude na concorrência. De acordo com a tese, o consórcio liderado pela multinacional pagou para a empresa vencedora deixar a disputa.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade