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SALVADOR

Rodoviários que participaram de manifestação serão demitidos

O Setps diz que são "descabidas" as motivações apresentadas em relação ao valor da gratificação de Carnaval

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12/02/2015 às 21:20 • Atualizada em 01/09/2022 às 22:21 - há XX semanas
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O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) informou em nota na noite desta quinta-feira (12) que os rodoviários envolvidos nos protestos que fecharam duas estações em Salvador hoje serão demitidos.

Protesto deixou duas estações paradas (Foto: Geo Reis)

Em texto que classifica os manifestantes de "baderneiros", a Setps diz que o protesto foi desencadeado por uma minoria que faz oposição ao Sindicato dos Rodoviários. Todos que comprovadamente tiverem participado dos atos serão demitidos por justa causa. Além disso, também serão "individualmente responsabilizados" em ação civil pelas penas e danos causados à comunidade por conta da paralisação. O Setps diz que são "descabidas" as motivações apresentadas em relação ao valor da gratificação de Carnaval, pois o assunto foi resolvido em reunião com o sindicato das empresas, dos trabalhadores, com a Prefeitura e Ministérios Público Estadual e do Trabalho. Além da gratificação acordada, cada trabalhador vai receber ticket alimentação adicional de R$ 14 por dia trabalhado e pagamento da hora extra de na terça de Carnaval, que contará como feriado. Os rodoviários alegam que só souberam do valor da gratificação, que deve ficar em diária de R$ 20, hoje. "Estamos protestando por conta da diária, que no ano passado foi de R$ 34 por todos os dias trabalhados de Carnaval, e esse ano parece que vai ser R$ 20 por cada dia", diz o motorista Daniel Matos. Cada rodoviário deve trabalhar quatro dos cinco dias. O passageiro Silas Bartolomeu, que é professor, estava na Estação Mussurunga tentando chegar à Barra, onde começou hoje o Carnaval. "A gente entende o protesto, mas eles precisam entender que a gente é trabalhador. A gente precisa chegar em casa. Cheguei na estação e encontrei tudo parado e agora estou aqui sem saber como vou voltar para casa", reclamou. "Eles protestam e a população que acaba pagando o pato". O grupo fechou as estações do Pirajá e Mussurunga desde as 16h - a primeira já foi liberada por volta das 20h. Outros pontos também tiveram manifestações.
Correio24horas

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