O serralheiro Marcelo da Silva Calmon, 30 anos, não via a filha de cinco anos há uma semana. Na tarde de sábado (28), foi visitá-la, na casa onde a menina mora com a mãe, na Rua Ferreira Santos, no bairro da Federação. No mesmo encontro, aproveitaria para pagar a pensão alimentícia da criança.
Mas a visita teve um fim trágico. Por volta das 14h30, Marcelo foi baleado na porta do imóvel que ele chegou a construir, enquanto mantinha um relacionamento com a mãe da filha. Apesar de ter sido socorrido e encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE), Marcelo morreu minutos após dar entrada na unidade de saúde.
No boletim registrado no posto da Polícia Civil no HGE, a autoria é desconhecida. No entanto, a família do serralheiro afirma que o atual companheiro da ex-mulher de Marcelo foi o responsável pelo crime. “O cara tinha armado para ele (Marcelo). Quando ele deu as costas, o cara atirou”, conta a irmã da vítima, a atendente Rafaela Calmon.
O próprio sobrinho da ex-mulher de Marcelo foi quem o socorreu, segundo a família. Quando os parentes chegaram ao HGE na tarde de sábado, inclusive, a ex-companheira estava lá, prestando depoimento. “Ela contou um monte de mentira, que ele ameaçava ela. Mas eles fizeram isso na covardia, para levar o dinheiro da menina. Ela (a ex-companheira) fugiu com o cara depois e deixou a menina na casa da mãe”, diz Rafaela.
Desde que se separou, há pouco mais de três anos, Marcelo vivia com a mãe, na Gamboa. Trabalhava, desde muito jovem, na mesma serralheria, fazendo móveis, no Pelourinho. Na última semana, inclusive, o ritmo do trabalho fez com que ele dormisse na oficina todas as noites.
“Ele tinha os momentos dele, mas era muito família. Era brincalhão, ajudava todo mundo. Era uma boa pessoa. O patrão era o mesmo desde pequeno. E foi ele que construiu a casa lá para ela, onde ela estava morando com esse homem. A gente vai correr atrás para defender a alma dele, porque contaram muita mentira”.
O horário e o local do sepultamento de Marcelo não tinham sido definidos até o começo da tarde deste domingo (28). O caso deve ser investigado pela delegada Rita de Cássia Marques, da 1ª Delegacia de Homicídios (Atlântico), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ela não foi localizada pela reportagem.
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Redação iBahia
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