O veículo que atropelou o professor de geografia Márcio Passos Rocha, 42 anos, na quinta-feira (23), era conduzido por um jovem de 19 anos, que dirigia a 120 km/H, afirmam os parentes do educador ao CORREIO. Segundo a família, a informação foi passada a eles por agentes da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) que estiveram no local do crime, na Ilha de Itaparica, e apreenderam o veículo.
O rapaz foi ouvido informalmente pela polícia no dia do crime, e fugiu do local por medo de ser linchado, informou o titular da 24ª Delegacia Territorial (Vera Cruz), o delegado Geovani Paranhos. O depoimento do suspeito está marcado para a manhã da próxima segunda-feira (28). Os policiais rodoviários que estiveram no local também serão ouvidos, para prestar informações sobre a velocidade supostamente registrada no velocímetro do carro do suspeito, que não teve a identidade divulgada.
Foto: Reprodução/Facebook |
O veículo foi apreendido e deve passar por uma perícia. O corpo do professor Márcio foi enterrado sob forte comoção nesta sexta-feira (25), manhã de Natal, no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador. Mais de 150 pessoas acompanharam a cerimônia. Em entrevista ao CORREIO, Márcio Passos Rocha Filho, filho do meio do professor, falou sobre o caráter do pai. "Ele sempre foi pela família. Trabalhou muito, desde muito novo, mas sempre foi apegado aos três filhos. Fazia tudo que podia para formar o caráter de cada um. E era um homem muito querido. Além de ensinar, encantava os alunos", disse o jovem de 20 anos.
A ex-aluna Sara Caroline Chagas, 18 anos, relembrou os momentos divertidos na sala de aula. "Ele era muito alegre, excelente professor, e levava o ensino a sério. Um dos melhores professores de geografia do mercado", garantiu a adolescente, que foi estudante do educador em 2014, no colégio Villas.
Foto: Bruno Wendel/CORREIO |
Para o estudante de arquitetura Luís Filipe Lima, 22 anos, Márcio era considerado o professor predileto da turma do terceiro ano do Colégio Salesiano. “Era uma pessoa incrível. Melhor professor de geografia. Todos os alunos não escondiam a predileção por ele. Não tinha professor que superasse”, disse ele, que foi aluno de Márcio no ano passado.
Victoria Batista, 18 anos, que também foi aluna de Márcio, lembrou disse o porquê de a aula dele era concorrida. “Nunca deixava a tristeza transparecer. Ele dava aula brincando. Mesclava os assuntos com a história de vida dele, quebrando a tensão que é a preparação para o vestibular”, relembrou a ex-aluna do Salesiano e hoje estudante de fisioterapia.
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