As operações de terror atribuídas aos grevistas pela cúpula da Secretaria da Segurança Pública lembram o pânico que tomou conta da Bahia na greve de julho de 2001. Naquele ano, PMs e civis deflagraram um movimento, no qual saques e fechamento de lojas, interdição de ruas e o uso ostensivo de armas levaram caos ao estado, sobretudo a Salvador, onde o medo reinou de 5 a 18 de julho. A intensidade das novas ações ainda é menor, mas as estratégias se assemelham: em grandes avenidas, lojas são fechadas após pessoas, supostamente PMs, alertarem sobre a iminência de arrastões. Foi assim na Manoel Dias, informou uma das caixas da Farmácia Santana, um dos poucos estabelecimentos ainda abertos na via. Ao contrário de 2001, quando amotinados, com armas e capuzes tomaram quartéis, o novo QG dos grevistas, agora “fardados” de bonés e óculos escuros, é a Assembleia Legislativa. De lá, saem ordens para tocar o terror nas ruas: tomada de ônibus, achados depois com marcas de tiro, e danos a carros da polícia - ontem 14 deles, 11 com pneus furados.
Cesta do Povo do Largo do Japão, na Liberdade, foi saqueada na sexta-feira (3) |
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