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Augusto 'Omolu' José da Purificação Conceição (1963 - 2013) |
A classe artística da Bahia acordou de luto neste domingo(02) que procedeu ao feriado de Corpus Christi, devido à morte de um dos seus melhores profissionais da dança, o bailarino Augusto Omolú, de 50 anos.
Veja também: Bailarino Augusto Omulu é encontrado morto em casa na região de Buraquinho “É uma tristeza muito grande. O BTCA fica vazio. Augusto Omolú sempre foi muito intenso, de alegria contagiante, uma presença que só fazia somar. Era uma figura de muita produtividade, amigo e companheiro muito importante. Resta-nos a indignação diante da violência que assola o país. Fico muito triste de receber e compartilhar esta notícia com a classe da dança da Bahia”, lamenta Jorge Vermelho, em nota divulgada pela FUNCEB.
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Omolu era professor de dança e especialista em cultura afro |
A diretoria do Teatro Castro Alves também se manifestou, por meio de nota enviada à imprensa, lamentando o falecimento do artista, há dois anos um dos integrantes do Balé do TCA e que, de acordo com a nota, estava se preparando para assumir o cargo de assessor artístico do BTCA.Ainda não foi divulgado o real motivo da morte do bailarino, encontrado morto em sua casa, em Buraquinho.
ManifestaçãoUma manifestação está sendo preparada por artistas e amigos de Augusto para esta segunda-feira(03), às 8h, saindo da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado, no Terreiro de Jesus (Centro Histórico).“Estamos perdendo não apenas o Augusto artista, mas o Augusto educador. Um cidadão comprometido com a arte e com a educação baseada na inclusão de crianças e jovens. Tive a felicidade de conhecê-lo e conviver de perto com ele e com a sua sensibilidade durante os últimos dois anos”, afirma Beth Rangel, diretora da Escola de Dança e do Centro de Formação em Artes da FUNCEB, que acredita que os ensinamentos deixados por Omolú ficarão marcados em muitos seguidores e admiradores.Durante o período na Escola, ele articulou parcerias com ações como o Projeto Axé e buscava encontrar soluções para a inserção dos alunos na sociedade, numa luta contra a exclusão e a violência. “Ele era um artista brilhante e um professor de mão cheia. Voltou de sua temporada estrangeira ainda melhor enquanto pessoa e artista. Eu o vejo de forma muito diferenciada. Com uma atuação peculiar no que diz respeito à ligação da questão artística à questão humana. Não são todas as pessoas que têm esta habilidade de unir pessoas e grupos, nem mesmo tamanho respeito à coisa pública, ao espaço público”, completa Beth.