O câncer de próstata é segundo mais comuns em homens no Brasil, perde apenas para o câncer de pele. No mundo, é o sexto tipo de câncer mais comum entre a população masculina. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA), vinculado ao Ministério Nacional da Saúde. Em entrevista ao iBahia, o médico urologista Cesar Camara disse que a doença atinge um homem dentro de um universo de seis. O especialista diz ainda que para alguns correntes da Medicina, é um tipo de tumor inevitável ao homem. " Alguns cientistas dizem que todo homem, um dia na vida, vai desenvolver o câncer de próstata. Basta que ele viva para isso. Eles entendem que é um processo da própria natureza da glândula", explica. Questionado a respeito do que pode ser feito para evitar a doença, o urologista explica a importância da realização dos exames preventivos. " É fundamental que o homem que não tenha casos da doença na família, de câncer de próstata e de mama, passe a partir dos 45 anos, a buscar um médico e fazer os exames. No caso daquele homem que não tem a doença em homens e mulheres, da família, passe a fazer o exame a partir dos 40 anos", ressalta. Camara diz ainda que a partir dos 50 anos, a incidência da doença aumenta em até 16%. Sem sintomas O câncer de próstata, na fase inicial, não apresenta sintomas. O Ministério da Saúde entende que se trata de um "câncer da terceira idade", porque cerca de 3/4 dos casos do mundo começam a partir dos 65 anos. Para o especialista, quando o homem passa apresentar sintomas, ele já está em um grau bastante evoluído da doença. " Os sintomas, em geral, aparecem quando a doença já está avançada. O paciente vai ter sangramento, dificuldade para urinar. Isso, geralmente, acontece mais tardiamente, quando o diagnóstico já mostrou a evolução da doença", esclarece. Para diagnosticar a doença, o paciente deve ser submetido a, pelo menos, três exames: o exame "de toque", o PCA e PCA3, que é feito a partir da coleta da urina. Quanto ao tratamento, Camara diz a doença pode ser controlada e curada com três tipos de procedimentos: sessões de radioterapia, cirurgia e, a mais recente e sofisticada das técnicas, cirurgia robótica, que não utiliza métodos invasivos. Para o urologista, é preciso avaliar em que grau está a doença antes de decidir qual tratamento será utilizado. " É preciso avaliar a agressividade da doença. A radioterapia permite que o paciente possa fazer suas atividades normais logo depois das aplicações e tem 75 a 80% de chances de recuperação. A cirurgia tem de 80 a 90% de chances de recuperação e o paciente vai precisar ser internado, tem o tempo para retirar a sonda. Podemos dizer que, atualmente, a cirurgia robótica é o que há mais de delicado e sofisticado para tratar a doença. Esse mecanismo utiliza 1/3 a menos do que os métodos tradicionais", explica. A cirurgia robótica pode custar até 20% a mais do que os outros procedimentos.
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