Um grupo com cerca de 70 vigilantes e seguranças se reuniu na manhã desta terça-feira (30) no Iguatemi para protestar contra a proposta dos empresários na campanha salarial deste ano. A categoria está no sétimo dia de greve e por conta da paralisação agências bancárias seguem sem funcionar em Salvador.
A manifestação começou por volta das 7h, na região do Shopping da Bahia, e não interferiu no trânsito da região. segundo presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado da Bahia, José Boaventura, a reivindicação é pelo reajuste salarial de R$1002 para R$1500, além da cota para mulheres em todos os cargos.
Ainda de acordo com Boaventura, os empresários ofereceram 1% de aumento, o que é considerado indigno pelos trabalhadores. "Eles insistem em hora extra e que, durante a folga, a empresa tenha permissão para chamar o funcionário. Isso é inegociável. Nos tratamos essa proposta como uma tentativa de nos escravizar", disse.
O grupo pretende manter a mobilização até o início da tarde quando, por volta das 13h, iniciarão uma caminhada até a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE/BA). Lá está marcada a 9ª rodada de negociações entre os trabalhadores e empresários e assim definir os rumos da greve.
Jeferson Fernandes, secretário de comunicação do sindicato, lembra que as negociações começaram em fevereiro. "Nós estamos pleiteando que nossa base salarial saia de R$1002 e seja fixada em R$1500,00, mais aumento de 7%, além de ticket alimentação de R$20. Atualmente, ganhamos R$12,50", disse ele, acrescentando que os trabalhadores exigem, ainda, que 30% dos cargos sejam ocupados por mulheres.
Em Salvador são cerca de 12 mil vigilantes - atuando em agências bancárias, escolas, shoppings e outros estabelecimentos. "Aguardamos uma proposta digna, porque o que eles ofereceram até agora foi 1% de aumento salarial. A gente não aceita", completou Fernandes. Segundo ele os patrões pretendem acabar com a escala de 12h de trabalho e 36h de folga. "Um absurdo. Nosso trabalho é cansativo, como vamos descansar? Não tem como aceitarmos isso. Também falaram em fazermos hora extra, quer dizer, é desumano", completou.
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Redação iBahia
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