Em agosto de 1991, Nelson Mandela esteve em Salvador, um dos locais que visitou durante sua viagem de seis dias ao Brasil junto com a sua segunda esposa, Winnie. Ele foi recebido com muito carinho pelos soteropolitanos. Segundo
uma matéria da época, do O Globo, desembarcou na capital baiana visivelmente cansado e pediu para descansar um pouco no Palácio de Ondina, onde almoçou com o então governador Antônio Carlos Magalhães, o então Arcebispo de Salvador, Dom Lucas Moreira Neves, além de um grupo de políticos e secretários de Estado.
"Um momento inesquecível" - Vovô do Ilê |
Ainda segundo a publicação, a chegada de Mandela foi marcada por tumulto e euforia e ele estava sendo aguardado no Aeroporto de Salvador pelo trio elétrico Doces Bárbaros e por diversos grupos culturais afro, tendo também participado da recepção alguns partidos políticos. Também vieram para recebê-lo representantes da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte. Veja matéria da época, do O Globo em www.colindarch.info/resources/mandela/19910804_mandela_pede_descanso.pdf A matéria informa que mais de duas mil pessoas aplaudiram e gritaram o nome de Mandela quando ele e sua então esposa surgiu no alto da escada do avião. O líder ergueu o punho rapidamente, gesto que simbolizava a luta do Partido Congresso Nacional Africano (CNA). De acordo com O Globo, o então prefeito Fernando José e o então vice-prefeito Waldir Régis cumprimentaram ele. Em sua passagem na capital baiana, Mandela participou de um evento na Praça Castro Alves. Ele foi recebido por milhares de baianos com muita festa. A vinda de Nelson Mandela foi relembrada com muito carinho pelo Vovô do Ilê, em conversa com o
iBahia. "Foi um encontro muito bonito, muito emocionante com ele na Praça Castro Alves. Um momento inesquecível", disse Vovô, que participou do evento. Segundo ele, o Ilê Aiyê se apresentou na ocasião e a presença de Mandela na capital baiana fortaleceu a luta contra o racismo na Bahia. "A luta ficou muito mais fortalecida", afirma Vovô, que lembrou que a luta de Mandela contra o racismo foi internacional e que em 1992, o Ilê prestou uma homenagem à África do Sul, com o tema do carnaval 'Azânia'.