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SAÚDE

Adoçantes não emagrecem nem melhoram a saúde, diz pesquisa

Publicado pela Universidade de Harvard, estudo não encontrou, no entanto, malefícios ou efeitos colaterais com o uso dos produtos

Redação iBahia • 29/01/2019 às 22:31 • Atualizada em 27/08/2022 às 18:16 - há XX semanas

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Adoçantes artificiais e de baixa caloria podem não auxiliar na perda de peso, nem na melhoria da saúde. A conclusão faz parte de um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado na British Medical Journal (BMJ), no início de janeiro.
O estudo analisou 56 pesquisas sobre o impacto do uso de adoçantes, como o aspartame e a estévia, no peso, no controle glicêmico e em doenças cardiovasculares. O estudo concluiu não existir "nenhuma diferença estatística ou clínica relevante entre aqueles que utilizam adoçantes e açúcar."
Foram observados o impacto do produto baseado em parâmetros como a saúde bucal, doenças renais e cardiovasculares, câncer, níveis de açúcar no sangue, peso e índice de massa corporal (IMC) em adultos e crianças.
Para os pesquisadores, as evidências de que o uso de adoçantes ajudaria na redução do IMC e o açúcar no sangue foram consideradas pouco convincentes, inclusive entre as pessoas consideradas obesas e com sobrepeso. Nas crianças, a pequena redução no ganho de quilos com o uso não chegaria a afetar a massa corporal.
O estudo também buscou evidências de efeitos colaterais do uso da substância, mas as análises foram consideradas inconclusivas. Os responsáveis apontaram a necessidade de que novas pesquisas sejam feitas, a fim de aprofundar as conclusões do relatório.
— Estudos de longo prazo são necessários para avaliar os efeitos sobre o sobrepeso e a obesidade, o risco de diabetes, doenças cardiovasculares e doenças renais —, ressaltaram os pesquisadores responsáveis.
A necessidade de aprofundamento nos estudos foi ratificada no editorial do periódico, escrito pelo pesquisador Vasanti S. Malik, da Escola de Saúde Pública de Harvard:
— Ensaios maiores e mais rigorosos realizados até agora fornecem fortes evidências de que a substituição de bebidas açucaradas por alternativas reduz o ganho de peso em crianças e adolescentes após um ano de acompanhamento. Não podemos negligenciar isso.
No entanto, para Malik, com base nas evidências existentes, substituir o açúcar por adoçantes, especialmente em bebidas, "pode ser uma estratégia útil para reduzir o risco cardiometabólico [chances de ter diabetes e doenças cardíacas] entre os consumidores, junto com a substituição por água e outras bebidas saudáveis".
— Políticas e recomendações precisarão ser atualizadas regularmente à medida que mais evidências surgirem para assegurar que os melhores dados disponíveis sejam usados para informar o importante debate sobre o açúcar na saúde pública e suas alternativas.
Em todo o mundo, fabricantes de bebidas estão sob pressão para reduzir o teor de açúcar de seus produtos, em virtude da obesidade. Na Inglaterra, por exemplo, a responsável pela saúde pública pediu um corte de 20% no índice de açúcar até 2020, com uma redução de 5% no ano até abril de 2018. A indústria não conseguiu alcançar essa meta, atingindo 2% em vez disso.
Muitas empresas optaram por usar adoçantes artificiais em vez de açúcar, principalmente em refrigerantes. A OMS tem como objetivo produzir orientações sobre os adoçantes, uma vez que seu uso segue sendo visto como uma "alternativa saudável aos açúcares.”

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