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SAÚDE

Brasileiras são maiores vítimas de fungos em unhas, diz estudo

Cuidado com equipamento na hora de fazer as unhas vale até para o uso de lixas compartilhadas

• 04/01/2015 às 10:51 • Atualizada em 26/08/2022 às 22:07 - há XX semanas

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Um estudo inédito realizado no Brasil pelo Observatório Nacional de Onicomise mostrou que, no país, há uma alta prevalência das micoses de unha. A maior incidência das chamadas onicomicose acomete as mulheres (70,4%) em relação aos homens (29,6%).
De acordo com a dermatologista e pesquisadora Camila Cazerta, isso ocorre porque elas comumente estão mais expostas às condições que favorecem a infecção, como o uso de sapatos de bico fino, traumatismos nas unhas pelas frequentes idas aos salões de beleza e a realização de serviços domésticos que exigem a utilização de água. “A umidade é um dos principais fatores que favorecem o crescimento do fungo causador das onimicoses”, diz a especialista, lembrando que os mesmos fungos que atacam as unhas também agem na pele. Os números chamam a atenção dos dermatologistas uma vez que a doença pode trazer grandes desconfortos e é considerada por muitos especialistas como a micose superficial de mais difícil tratamento, levando de seis a 18 meses para ser totalmente curada. “As micoses de unha são comumente negligenciadas pelos pacientes, especialmente, porque muitas vezes elas não apresentam sintomas”, diz a médica, pontuando que, no entanto, em graus avançados, podem causar deformidades ou mesmo o agravamento da saúde da unha, especialmente em pessoas que possuem deficiência imunológica e cuja reincidência tende a acontecer com maior frequência “A falta de adesão ao tratamento ou tratamento inadequado também favorece novas infecções”, completa.
A relação com a imunidade também foi avaliada no estudo: 41% dos pacientes apresentavam doenças concomitantes (hipertensão, doença vascular periférica e diabetes) que podem interferir na resposta imunológica do organismo ou no tratamento.
De acordo com o estudo ainda, mulheres, maiores de 45 anos, praticantes de esportes ou com histórico pessoal da doença, apresentaram maior chance de adquiri-la. O estudo também apontou que a micose tem maior ocorrência nas unhas dos pés, especialmente no dedo hálux (dedão).Outro fator apontado como facilitador para o desenvolvimento de micoses é o trauma repetitivo das unhas durante a prática esportiva: 31% dos pacientes avaliados que praticavam esportes regularmente apresentavam a doença.
PrevençãoPara evitar que as micoses de unha terminem sendo a porta de entrada para outras infecções, a saída é apostar em prevenção. Segundo a micologista do laboratório Sabin Maria das Graças Santana Araújo, o primeiro passo é reduzir a umidade, por isso mesmo, o ideal é fugir de sapatos apertados e reduzir o uso desse calçado, dando preferências às sandálias abertas. “Se o uso do sapato for inevitável, vale a pena fazer uso alternado deles, então se usar um calçado hoje, vale a pena deixá-los tomando sol nos dois seguintes e só fazer novo uso deles no terceiro dia”, esclarece a especialista.
Maria das Graças também orienta que se for usar meias, que elas sejam sempre de algodão e trocadas diariamente. “Outros tecidos terminam retendo a umidade do suor e facilitando a contaminação por meio de qualquer pequenos descolamento da unha”, explica a micologista.
A limpeza também é importante para evitar que a unha seja acometida por fungos. Assim, a orientação é lavar bem os pés durante o banho, não esquecer de secar muito bem a unha e as regiões de pele entre os dedos. Ela diz ainda que o ideal seria secar a unha dos pés com um secador. “Os sapatos também precisam ser higienizados para garantir que os fungos não se proliferem”, pontua a médica Camila Cazerta.
TratamentoA dermatologista Camila Cazerta pontua que ao perceber qualquer alteração na cor das unhas, coloração esbranquiçada ou massinhas por baixo das unhas é preciso buscar um especialista para realizar uma avaliação dermatalógica e iniciar o tratamento.
No caso das micoses de unha, além de erradicar o fungo, o tratamento deve evitar que ocorram novas proliferações. O tratamento também pode combinar duas terapêuticas: utilizar medicamento de uso tópico, como esmalte terapêutico, ou um remédio de uso oral, dependendo da gravidade da doença. A avaliação será feita pelo médico dermatologista.
O momento de procurar manicure e pedicure também precisa ser acompanhado de cuidados, daí a necessidade de usar o próprio equipamento, evitando o uso compartilhado de material. O cuidado vale até para as lixas. “Eventualmente, é interessante esquecer o esmalte e deixar que a unha respire livremente”, aconselha a dermatologista. Com uma postura parecida, a micologista Maria das Graças diz que o ideal seria que as pessoas não removessem as cutículas. “Sem as cutículas, as unhas ficam ainda mais sensíveis às lesões”, completa.
Correio24horas

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