Cerca de 18 milhões de brasileiros sofrem com a asma, segundo estimativas do Ministério da Saúde. Isso representa 10% da população com uma doença inflamatória, que causa a obstrução dos brônquios. Para chamar atenção para a importância do tratamento, em 1999 foi criado o Dia Nacional De Combate a Asma, comemorado no dia 21 de junho.
Estatísticas indicam aproximadamente 300 mil casos de hospitalização todo ano em função da doença que, segundo o coordenador do serviço de pneumologia do Hospital São Rafael, Guilherme Montal, não se adquire com o contato humano, mas é genética.
Nesse período, com as festas juninas se aproximando, os fatores que desencadeiam as crises asmáticas crescem. A mudança climática é o primeiro deles. É comum que os brônquios respondam ao frio se comprimindo. Nas cidades do interior, onde as temperaturas caem, há mais riscos de crise asmática. Além disso, a fumaça dos fogos de artifício e a poeira são vilões comuns. O cuidado deve ser especial com as crianças neste período, pois as brincadeiras com fogos de artifício, aliadas às baixas temperaturas podem criar reações nos brônquios.
Asma - Ela é identificada por meio de avaliação clínica e testes respiratórios. Chiados ou apertos no peito, tosse, dificuldade para respirar são os sintomas mais comuns. Eles podem piorar com exercícios, infecções respiratórias, exposição a alérgenos, mudanças climáticas ou estresse, por exemplo.
Se não tratada, a asma compromete a qualidade de vida do portador. O desconhecimento é a principal causa dos problemas em relação aos cuidados. O tratamento é multidisciplinar e envolve a abordagem psicoterapêutica, o controle ambiental e o tratamento medicamentoso.
Além do tratamento clínico, em casos mais graves o pneumologista pode solicitar exames de imagem ou a broncoscopia, um exame invasivo que visualiza toda a estrutura da traquéia e brônquios, com finalidade diagnóstica e terapêutica. O procedimento funciona como a endoscopia digestiva, mas o foco é o aparelho respiratório.
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