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Corpo feminino 'bloqueia' espermatozoides lentos, diz estudo

Cientistas analisaram como os espermatozoides se saíam quando atingiam partes estreitas do sistema reprodutor feminino

Redação iBahia • 19/11/2019 às 21:23 • Atualizada em 28/08/2022 às 12:31 - há XX semanas

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Cientistas encontraram evidências de que o sistema reprodutivo feminino é moldado de tal forma que espermatozoides mais lentos e fracos ficam pelo caminho e não atingem o óvulo. A pesquisa foi feita usando modelos em pequena escala e simulações em computador para mostrar o trajeto do espermatozoide desde o colo do útero até o óvulo. Para isso, foram usados espermatozoides de homens e touros, e o resultado demonstrou que os "nadadores mais fortes, conhecidos como estenoses, eram mais propensos a atravessar os pontos estreitos. Já os mais fracos, foram pegos por correntes que os empurraram para trás quanto mais avançavam.

— O efeito geral dessas restrições é evitar que espermatozoides mais lentos avancem e selecionar os espermas com maior mobilidade — disse Alireza Abbaspourrad, químico e principal autor do estudo da Universidade de Cornell, em Nova York.

As habilidades de natação dos espermatozoides foram estudadas antes, mas os cientistas de Cornell examinaram especificamente como os espermatozoides se saíam quando atingiam partes estreitas do sistema reprodutor feminino, como a pequena abertura do útero para as trompas de falópio. Estes representam um desafio particular, até porque os espermatozoides estão nadando diagonalmente para cima, o que significa que eles devem lutar através do fluido que está passando em direção a eles.

— Se você olhar para a anatomia do sistema reprodutivo em mamíferos, você pode ver que as dimensões do canal que leva ao óvulo não são constantes. Em alguns pontos é extremamente estreito, para que apenas alguns espermatozoides possam passar enquanto outros falham — disse Abbaspourrad.

Para ver como o esperma se comportava nas restrições, Abbaspourrad e seus colegas construíram um pequeno dispositivo “microfluídico” que imitava os pontos apertados que o espermatozoide tinha para navegar. O dispositivo tinha três pequenos compartimentos em forma de olho, separados por um ponto de pinça.

Os cientistas organizaram o dispositivo para que o esperma injetado nele tivesse que nadar contra um fluido em movimento para alcançar as restrições. Escrevendo na revista "Science Advances", eles descrevem como alguns nadam rápido o suficiente para atravessar os pontos de contato, mas a maioria foi pega na corrente que se aproximava. Um vídeo do esperma mostrou-os nadando até a parte estreita, sendo impelidos para trás e, em seguida, fazendo outra festança.

Tanto o espermatozoide humano quanto o de touro se comportavam da mesma maneira quando ficavam presos à entrada estreita.

— Os resultados mostram que apenas os espermatozoides mais rápidos e, portanto, melhores, podem passar por esses estreitamentos contra um fluxo de fluido - disse Allan Pacey, professor de andrologia da Universidade de Sheffield. — Isso faz um perfeito sentido biológico e ajudaria a explicar como o sistema reprodutivo feminino é capaz de garantir que os melhores espermatozoides cheguem ao óvulo.

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