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Crise financeira pode elevar risco de suicídio, diz psiquiatra

Em agosto, casos de supostos suicídios relacionados ao desemprego em São Paulo e no Rio de Janeiro foram divulgados pela imprensa nacional

Redação iBahia • 10/09/2016 às 11:54 • Atualizada em 28/08/2022 às 20:54 - há XX semanas

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Oferecendo atenção e disponibilidade, o Centro de Valorização da Vida (CVV) recebe mais de um milhão de contatos de pessoas que relatam a vontade de desistir da própria vida. Os motivos para alguém cometer suicídio são diversos, fim de um relacionamento amoroso, as limitações advindas da velhice, e passam também por questões financeiras. No momento em que país vive uma crise e parte da população vive a ameaça da perda do emprego, especialistas apontam que a situação financeira pode ativar pensamentos destrutivos. Em agosto, casos de supostos suicídios relacionados ao desemprego em São Paulo e no Rio de Janeiro foram divulgados pela imprensa nacional. Em um deles, um homem de 43 anos matou a esposa e os filhos de 7 anos e 10 anos e depois cometeu suicídio. De acordo com as investigações policiais, ele estaria com problemas no trabalho.

				
					Crise financeira pode elevar risco de suicídio, diz psiquiatra
Foto:Reprodução
“Os momentos de maior risco são os três primeiros meses. Depois disso, normalmente a pessoa se adapta, consegue uma solução, e a ideia de suicídio vai embora”, afirma a coordenadora da Comissão de Combate ao Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria, Alexandrina Meleiro.A voluntária da CVV, Adriana Rizzo, disse que, desde março, cresceu o número de pessoas relatando problemas financeiros e dificuldades em lidar com a situação.Ela destaca que em datas comemorativas, como Natal, Páscoa, finados, as pessoas também buscam mais ajuda dos voluntários do centro. “Nessas épocas mais comemorativas, normalmente aumenta a procura. As pessoas se sentem um pouco mais sozinhas, às vezes não têm mais a família para estar junto, bate mais solidão e muitos pensam em tirar vida nesses momentos”, relatou.Para Adriana, entre as situações mais marcantes estão as de indivíduos que se sentem sozinhos, apesar de estarem cercados de familiares e amigos.“Muitas vezes ele não quer conversar com quem está próximo por se sentir julgado, ou não ver disponibilidade, interesse. A gente quer oferecer o apoio para que as pessoas que pensam em se matar possam pensar diferente, possam mudar de ideia. Às vezes conversando, elas conseguem achar um caminho, uma saída para a situação em que se encontram”, conta Adriana.

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