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SAÚDE

Exercício em excesso pode afetar vida sexual masculina

"Não estamos falando de pessoas que passam 30 minutos na academia, estamos falando de pessoas que correm 80 quilômetros por semana", diz professor

Redação iBahia • 01/03/2017 às 16:10 • Atualizada em 28/08/2022 às 1:30 - há XX semanas

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Exercício demais pode atrapalhar sua vida sexual? Segundo um estudo da Universidade da Carolina do Norte, sim. Mais de mil atletas de provas de alta performance e resistência foram ouvidos sobre seus hábitos de exercício e suas vidas sexuais, e foi constatada uma associação entre o aumento da prática extrema de exercícios e a queda da libido masculina.

Autor do estudo e professor de fisiologia do exercício e nutrição, o doutor Anthony Hackney deixa claro que a pesquisa abordou atletas 'extremos'. "Não estamos falando de pessoas que passam 30 minutos na academia, estamos falando de pessoas que correm 80 quilômetros por semana. Se você é sedentário e fisicamente inativo e acima do peso, sabemos que esses indivíduos têm uma libido muito baixa. Faça eles fazerem atividade física regular e perder um pouco de peso e a libido deles vai subir. Mas este estudo mostra que se temos pessoas praticando grandes volumes de treinamento e em grande intensidade, ano após ano a libido deles cai."

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O atleta amador Matt Bach, que passou cinco anos competindo em provas de resistência, treinando até 17 horas por semana, notou um declínio em sua vida sexual.Eu não queria usar a cama para nada além de dormir. Não era normal. Minha libido estava muito baixa. Eu sabia que eu precisava de ajuda.

Os índices de testosterona de Matt Bach estavam, em maio de 2016, em 153 nanogramas por decilitro de sangue, quando o normal para um homem com a sua idade seria algo em torno de 625ng/dl. Bach parou com os treinos e em duas semanas o índice saltou para 256ng/dl. Dois meses depois, a testosterona já estava em 308ng/dl.

Um outro atleta amador, que não quis ser identificado, disse que muitas vezes estava cansado demais para iniciar a atividade sexual. "Levantar às 5h para treinar, depois outras oito horas no trabalho, depois chegar em casa à noite exausto, e nos finais de semana corridas e treinos de bicicleta. Há um impacto previsível. Obviamente estou muito cansado para iniciar qualquer coisa na cama."

O doutor Anthony Hackney, porém, acha que há um erro de avaliação neste caso. "O exercício pode afetar de certa forma que o atleta esteja tão cansado para estar interessado em sexo, mas eu acho que é mais do que apenas fadiga. Acho que é uma questão ligada ao tipo de treino e a queda da testosterona. Se você tem testosterona baixa, você tende a ter menos apetite sexual."

O urologista britânico Geoffrey Hackett acredita que há uma conexão entre a prática extrema de exercícios e a queda de testosterona. Para ele, o exercício em excesso afeta o hormônio luteinizante, que estimula a produção de testosterona. "A dificuldade é provar que o exercício em excesso é o problema, e ter certeza de que eles não tomaram esteróides, já que muitos homens mentem por causa do estigma".

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