Enquanto um paciente pede para trocar o soro, o outro espera medicamento. Ao mesmo tempo, outros pacientes clamam pela atenção de médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem. Essa realidade é conhecida na maioria dos hospitais públicos, mas some-se a isso um número de profissionais 40% menor do que deveria estar trabalhando: vira um “caldeirão do caos disfarçado de hospital”.
Segundo Ubiratã Silva, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde da Bahia, essa é a definição do Hospital Geral do Estado (HGE) durante os finais de semana. Ontem, representantes dos quase 3 mil funcionários do HGE realizaram um café da manhã para protestar e denunciar que entre sexta-feira e domingo cerca de 40% dos profissionais faltam aos plantões, sobrecarregando quem está no hospital.
O vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindmed), Francisco Magalhães, alega que muitas vezes os profissionais faltam por problemas de gestão. “Os profissionais vivem num caos diário, vivem estressados, com baixos salários e péssimas condições de trabalho. Falta gente e os que estão trabalhando são sobrecarregados”.
Em nota, a Secretaria estadual da Saúde (Sesab) informou que vem convocando profissionais do concurso de 2008 para suprir a demanda na rede. Sobre as faltas, o HGE disse que encaminha os dados ao setor de Recursos Humanos.
Veja também:
