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SAÚDE

Março amarelo: prevenção e cuidados com a endometriose

De acordo com a ginecologista Wendy Delmondes, o problema atinja 10% das mulheres em período reprodutivo

Redação iBahia • 13/03/2021 às 17:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 0:34 - há XX semanas

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Você consegue perceber os sinais emitidos pelo seu corpo? Essa é uma boa estratégia para facilitar o diagnóstico da endometriose, que é uma doença benigna que acontece quando há presença de tecido semelhante ao endométrio, que reveste o útero, fora da sua localização habitual. Segundo a Associação Brasileira de Endometriose, a doença acomete cerca de sete milhões de brasileiras.
De acordo com a ginecologista e especialista em reprodução humana Wendy Delmondes, da Clínica Elsimar Coutinho, o problema atinja 10% das mulheres em período reprodutivo, com pico de incidência ocorrendo em pessoas de 25 a 35 anos. A doença também já foi confirmada em meninas pré-menarca e em mulheres na pós menopausa.
“A história natural da endometriose ainda é desconhecida. Não sabemos exatamente as etapas fisiopatológicas de início e evolução da patologia”, acrescenta Wendy.
Sintomas e tratamento da endometriose
A mulher deve estar atenta aos sinais emitidos pelo corpo, cujo os sintomas mais evidentes da patologia são as dores pélvicas crônicas, dor menstrual, dor durante o ato sexual, ao evacuar e urinar, além ser uma das principais causas de infertilidade - este último acomete de 30 a 50% das pacientes com a doença. O médico e cientista Elsimar Coutinho, referência mundial no tratamento da endometriose, foi o pioneiro a utilizar o hormônio gestrinona no combate à dor pélvica e infertilidade provocada por essa enfermidade, revolucionando a saúde da mulher ao proporcionar bem-estar e qualidade de vida.
“Este hormônio foi um divisor de águas no tratamento dessa doença, graças aos trabalhos inovadores do professor Elsimar. Nós aprendemos que a gestrinona era eficaz por via oral transdérmica e vaginal, o que permitiu o desenvolvimento dos implantes e do gel vaginal”, relata o ginecologista Hugo Maia Filho, que trabalho por quase 40 anos com o cientista no tratamento hormonal.
O tratamento clínico defendido pelo médico Elsimar Coutinho é a supressão da ovulação e da menstruação, através da aplicação subcutânea dos implantes hormonais, que ajudam a regredir a doença e podem ser utilizados de seis meses a um ano pela paciente. “A endometriose, por ser uma doença epigenética do endométrio, só pode ser controlada se a menstruação for suprimida, como mostrou o mestre Elsimar há mais de quatro décadas”, afirma o Dr. Hugo.
Já os casos mais graves requerem a intervenção cirúrgica, para que haja a remoção completa de todos os focos da endometriose, não comprometa outros órgãos e funções. De acordo com Wendy Delmondes, as mulheres que desejam engravidar podem recorrer às técnicas de reprodução assistida para realizar o sonho da maternidade.
Geralmente as mulheres consultam, em média, sete médicos antes do diagnóstico de endometriose. O longo intervalo entre o início dos sintomas e o diagnóstico pode resultar em considerável carga física, psicológica e social na vida das pacientes. “Esses impactos negativos da doença podem levar a uma redução na qualidade de vida relacionada à saúde”, explica a especialista Delmondes. O ginecologista, Hugo Maia Filho, defende o uso da ultrassom vaginal com preparo intestinal e da ressonância magnética como exames essenciais para a detecção precoce da endometriose.
Este é o mês dedicado para alertar e conscientizar as mulheres acerca de doenças ginecológicas crônicas, como a endometriose, representada na campanha mundial do Março Amarelo. A ação tem como objetivo conscientizar e alertar o público feminino para que não haja atraso no diagnóstico e nos cuidados desta patologia.

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