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SAÚDE

Nutrição comportamental auxilia a saúde feminina

Consultora nutricional indica que é preciso identificar os gatilhos que levam à alimentação exagerada

Redação iBahia • 07/03/2020 às 22:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 14:21 - há XX semanas

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Dentre as doenças crônicas não-transmissíveis que mais afetam o público feminino no Brasil, a maioria está relacionada ao estilo de vida, como alimentação inadequada ou a prática insuficiente de exercícios físicos. A conclusão foi apresentada ano passado no estudo Saúde Brasil 2018, realizado pelo Ministério da Saúde.

Foto: Reprodução

Para a consultora nutricional Bruna Pavão, da Marca Cuida Bem, o mês em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres é uma oportunidade para repensar hábitos e adotar a nutrição comportamental, linha que procura mudar a relação das pessoas com a comida, o que, por consequência, pode impactar na melhoria da saúde da mulher.

Segundo a especialista, existem evidências de que situações estressantes, de ansiedade e mudanças hormonais interferem na dieta feminina. “Um artigo intitulado 'Aspectos contextuais e pessoais influenciadores do consumo de chocolate' faz um comparativo da experiência vivenciada pelas mulheres e pelos homens quando ingerem esse tipo de alimento, e fica comprovado que para eles alterações de humor e aspectos emocionais não afetam o consumo de chocolate, ou seja, não aumenta e nem diminui. Ao contrário do que ocorre com as mulheres.”, diz Bruna.

Bruna indica que o consumo excessivo de doces contendo açúcar levam ao aparecimento de doenças como a diabetes, a obesidade, a hipertensão arterial e até mesmo ao Alzheimer. Nos doces açucarados contêm também alta quantidade de radicais livres, substâncias que com o tempo provocam o envelhecimento precoce das células do corpo.

Confira algumas dicas selecionadas pelas especialista

Para garantir uma dieta baseada na nutrição comportamental é importante identificar os gatilhos que despertam o desejo pela comida. Muitas vezes, ele nasce da gula, uma das principais causadoras do ganho de peso e da ocorrência de doenças evitáveis. Bruna explica que ela pode ser desencadeada por diversos fatores, inclusive pelas memórias afetivas que associam o prazer de ingerir determinado alimento a situações alegres ou a pessoas.

A dica é se alimentar com mais atenção e, ainda, evitar comer de forma excessiva. “Para ajudar nesse processo, coma devagar e mastigue bem os alimentos. Aproveite para sentir os aromas da refeição antes de comer, pois o cheiro desempenha um papel importante na satisfação e alegria que sentimos. Assim o que for ingerido será apenas na medida necessária e de forma prazerosa. Além disso, evite associar o momento da refeição a atividades paralelas, como mexer no celular ou assistir TV.”
Uma outra vantagem de se comer bem, escolhendo corretamente os alimentos pelos nutrientes que oferecem, é beneficiar saúde como um todo, auxiliando dessa forma até mesmo a beleza da pele, o fortalecimento dos cabelos e das unhas devido à ação dos antioxidantes e das vitaminas E e C, do betacaroteno, do licopeno e do resveratrol. Para ter uma oferta maior de antioxidantes e vitaminas, vale apostar em diferentes tipos de alimentos. Tomate, nozes, amêndoas, manga, amendoim e mamão são algumas dentre várias opções disponíveis nos alimentos saudáveis.
Ainda, dentre os principais nutrientes que o público feminino deve ingerir estão o ferro e o ácido fólico. “O primeiro porque muitas mulheres podem sofrer perdas significativas durante o período menstrual”, sinaliza Bruna. São boas fontes de ferro quinoa, amêndoa e castanha do Pará, além do feijão, da beterraba e dos vegetais verdes, que possuem quantidades do mineral. Quanto ao ácido fólico, ele pode ser encontrado no espinafre e no abacate, por exemplo.
“Para mulheres entre 19 e 50 anos, o ideal é não fazer refeições volumosas e ao longo do dia realizar pelo menos três refeições principais diárias e pequenos lanches nos intervalos de cada refeição, apostando em snacks, frutas e lanches naturais. Para aquelas acima dessa faixa etária é preciso ter ainda mais cuidado com o excesso de sal por causa do elevado risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares ”, afirma a consultora nutricional.

Bruna ainda pontua que para conseguir aplicar completamente a técnica da nutrição comportamental ao dia a dia é importante: pensar sobre o tipo de alimento que será ingerido e evitar fazer refeições de modo automático, sentir a textura dos diferentes tipos de alimentos, conhecer os sabores predominantes (doce, azedo, salgado, amargo e umami), compreender os sinais do corpo que podem indicar a deficiência de determinados nutrientes e por fim se concentrar ainda mais no ato de se alimentar, dedicando atenção plena ao momento.

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