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Qual é o risco de complicações após a cirurgia bariátrica?

Morte de Jesus Sangalo, irmão de Ivete Sangalo, levantou um questionamento em torno dos riscos do procedimento

Redação iBahia • 08/11/2019 às 14:44 • Atualizada em 27/08/2022 às 1:32 - há XX semanas

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A morte de Jesus Sangalo, de 54 anos, irmão da cantora Ivete Sangalo, levantou um questionamento em torno dos riscos da cirurgia bariátrica. De acordo com especialistas, o procedimento tem complexidade elevada — 9,5 numa escala que chega à 10 para procedimentos feitos por videolaparoscopia (realizado com pequenas incisões na região abdominal por uma das quais é introduzida uma câmera que guia o cirurgião). Mas o risco de complicação é baixíssimo, entre 3% e 5%.
De acordo com Cid Pitombo, coordenador do Programa de Cirurgia Bariátrica do Estado do Rio, a chance de um paciente bariátrico passar por complicações graves, que levam à morte, é semelhante à de uma cirurgia para retirar a vesícula biliar — cujo grau de complexidade é 1.
— O risco de morte é baixo porque os médicos que fazem a cirurgia bariátrica são muito capacitados. Eles precisam saber dar pontos e manipular órgãos “soltos”, por exemplo, durante a videolaparoscopia. Ou seja, está é uma das cirurgias mais difíceis, porém uma das mais bem feitas — explica Pitombo.
De acordo com informações do portal G1, a causa da morte do irmão de Ivete “foi uma infecção generalizada provocada por complicações em uma cirurgia bariátrica”. Além das infecções, podem ocorrer complicações como sangramentos e problemas de obstrução de intestino.
Segundo Marcos Leão Vilas Bôas, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), o procedimento reduz em 40% a chance de o paciente morrer em decorrência das consequências da obesidade: — Quando o paciente opera, ele corre menos risco de desenvolver câncer e insuficiência cardíaca, assim como reduzir chance de sofrer enfarte e AVC.
Várias cirurgias aumentam risco de complicações
Jesus Sangalo fez três cirurgias bariátricas, a primeira há 15 anos. De acordo com Vilas Bôas, se submeter a procedimentos revisionais aumentam o risco de complicação da operação. — Muitas pessoas condenam a cirurgia bariátrica porque não consideram a obesidade uma doença, como o câncer. Quando você morre por complicações de uma cirurgia feita para tratar um câncer, ninguém culpa o procedimento, mas a doença — pontua o médico.
Quando o irmão de Ivete Sangalo fez a primeira cirurgia pesava cerca de 250 quilos. A gravidade de sua obesidade gerou a necessidade de realizar os demais procedimentos cirúrgicos. Dentre as opções disponíveis de cirurgias bariátricas, há duas mais populares no Brasil: o Bypass Gástrico e a cirurgia de Sleeve.
A primeira é feita em 75% dos pacientes bariátricos operados no Brasil, segundo a SBCBM. Nesse procedimento, parte do estômago é grampeado, o que reduz o espaço para o alimento. Além disso, é feito um desvio do intestino inicial, que promove o aumento de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome. Essa somatória entre menor ingestão de alimentos e aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial.
Já o Sleeve, é considerado um procedimento restritivo e metabólico e nele o estômago é transformado em um tubo, com capacidade de 80 a 100 mililitros (ml).

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