A alimentação escolar e sua relação com a agricultura familiar são tema de relatório da ONU

O projeto é uma parceria entre o Brasil e a FAO
Foto: Sesi SP

O escritório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), no Brasil, apresenta nesta quinta-feira, 22 de agosto, um estudo sobre a situação da merenda escolar na América Latina. A pesquisa faz parte do projeto de Fortalecimento de Programas de Alimentação Escolar, parceria entre o Brasil e a instituição.

Segundo o documento, a América Latina e o Caribe representam as áreas que mais avançaram no combate à fome no mundo. A iniciativa das regiões destinada a causa, foi implementada pela FAO em parceria com o governo brasileiro e tem a meta de alcançar os resultados até 2025.

Em junho, a FAO informou que 12 países da região conseguiram atingir o nível um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) em relação à subnutrição. Isso quer dizer, que essas nações cortaram, pela metade, o índice de pessoas que sofrem desse problema.

Fortalecimento de programas

No dia 16 de agosto, o diretor geral da FAO, José Graziano da Silva, oficializou a parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação (MEC), e Agência Brasileira de Cooperação (ABC). O acordo representa um investimento de cerca de US$ 2 milhões a serem aplicados no compartilhamento de experiências e cooperação técnica no que se refere à alimentação escolar, como sua vinculação à agricultura familiar como forma de desenvolvimento local.

Esta iniciativa abastece os programas de alimentação escolar com produtos frescos de agricultores familiares locais, criando sinergias locais que fortalecem a segurança alimentar, nutrição infantil e o bem estar dos agricultores familiares e suas comunidades.

"Eu acredito que a vinculação entre alimentação escolar e agricultura familiar pode dar uma importante contribuição à segurança alimentar e complementar outros esforços que já estão em marcha", defendeu Graziano.

A ideia também deve chegar à África. As ações devem seguir as linhas estratégicas definidas na declaração dos líderes africanos no Encontro de Alto Nível "Rumo ao Renascimento Africano: Novas abordagens unificadas para erradicar a fome na África até 2025".