Gilberto Gil destacou o crescimento populacional como um dos fatores agravantes da fome em todo o mundo. Foto:Paulo Filgueiras/UN
Por Rádio ONU
Um Concerto de Cordas e Máquinas de Ritmo. Este foi o nome do show que Gilberto Gil, embaixador da Boa Vontade da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), escolheu para rodar o mundo no ano em que completou 70 anos.
Logo no início de um evento promovido na última semana de julho pela agência da ONU, em Roma, voltado para o combate ao problema mundial, Gil explicou. "Cordas são as minhas duas vocais, as do meu violão, as do violão do meu filho Ben Gil. Máquinas de Ritmo são os meus companheiros na banda".
Antes de a música começar, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, lembrou ao público que atualmente, um a cada sete pessoas no mundo sofre as consequências da fome. Mais cedo, depois da passagem de som, Gil recebeu a Rádio ONU para uma entrevista.
"A fome sempre foi um problema onde e quando ela tenha existido. É um problema a ser resolvido pelas mães, pelos pais, pelas famílias, pelos coletivos. A questão atual fica muito mais grave (essa pode ser a maneira de ver), porque são grandes multidões num mundo com sete bilhões, e ainda com possibilidade de crescimento muito maior da população mundial em que o sistema não tem sido capaz de alimentar a todos", lembrou o artista.
"É uma quantidade muito grande de gente com fome, abaixo da linha da pobreza. Então, não é mais um problema só dos pais e mães, mas sim da família mundial, a família Terra, a família planetária está preocupada com isso porque é uma questão grave. Então, todas as mobilizações, o fato de existir uma instituição já há muitos anos que vem monitorando os problemas da fome, a gravidade desses problemas, de sua intensificação", ressaltou Gil.
O músic comentou algumas atividades da agência e o trabalho do novo chefe da FAO, José Graziano da Silva.
"O Graziano fez experiências muito interessantes no sentido de politicas compensatórias no Brasil, especificamente para atacar a fome e a pobreza, para possibilitar o surgimento de novas classes médias, com capacidade de consumir, de acesso à educação e cultura e é uma experiência importante reconhecida no mundo inteiro. Agora acredito que ele à frente da FAO pode trazer uma experiência que – apesar de muito difícil – foi muito importante e de uma certa forma muito bem sucedida no Brasil e isso agora pode ser um elemento para as políticas mundiais".
- Ouça a reportagem com a entrevista de Gil na íntegra -
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