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Álcool de bagaço promete aumentar a produção nacional de etanol em mais de 50%

O Ethanol Summit, evento sobre energia que faz parte da Semana Mundial da Cana, tem início nesta quinta-feira, 27 de junho, em São Paulo, e traz à tona um assunto relevante para o setor energético: a produção do etanol celulósico-combustível, produzido a partir do bagaço, folhas, cascas e outros resíduos da cana-de-açúcar.

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27/06/2013 às 16:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:06 - há XX semanas
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O início da produção desse combustível está previsto para ser iniciado em 2014
Foto: Agriculturasp

O Ethanol Summit, evento sobre energia que faz parte da Semana Mundial da Cana, tem início na quinta-feira, 27 de junho, em São Paulo, e traz à tona um assunto relevante para o setor energético: a produção do etanol celulósico–combustível, produzido a partir do bagaço, folhas, cascas e outros resíduos da cana-de-açúcar.

A GranBio, empresa de biotecnologia industrial, começará a produzir o álcool, conhecido como etanol de segunda geração, a partir do primeiro trimestre de 2014. A estimativa é que a produção nacional deste combustível aumente mais de 50%. Empresas como a Raízen, Odebrecht, Petrobras e o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) estão desenvolvendo projetos na área.

Não estamos falando mais de testes ou usinas pilotos e sim de empresas que inauguraram usinas de porte comercial”
Adhemar Altieri, diretor de comunicação e marketing da Unica

Segundo o diretor de comunicação e marketing da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Adhemar Altieri, o etanol de segunda geração não é mais uma promessa. "Não estamos falando mais de testes ou usinas pilotos e sim de empresas que inauguraram usinas de porte comercial", destacou ao jornal Brasil Econômico. Ele afirmou ainda que o aumento da produção nacional do combustível não necessitará da expansão da área de plantação da cana-da-açúcar.

Atualmente, o consumo de etanol chega a 22 bilhões de litros, mas esse número deve atingir a marca de 68 bilhões até 2020, de acordo com a Unica. Altieri ressaltou que, devido a quantidade de biomassa disponível no Brasil, o país é visto como promissor no que diz respeito a produção do combustível. "Com isso, todas as empresas mundiais que têm projetos em desenvolvimento tem procurado e firmado parcerias com companhias brasileiras."

Projetos

O projeto da Raízen passará por votação em seu conselho de administração em julho de 2013. Já a Odebrecht Agroindustrial firmou um acordo, recentemente, com a empresa dinamarquesa Inbicon, cujo objetivo é otimizar o desenvolvimento de seus projetos do etanol de segunda geração. A Petrobras pretende iniciar sua produção comercial em 2015, e o CTC estima que as operações no setor devem ser iniciadas em meados de 2014.

O consultor de emissões e tecnologia da Unica, Alfred Swarcz, defendeu que a produção desse combustível é um complemento do etanol tradicional - de primeira geração. "No início, os números serão modestos, com tendência a crescer. Mas nos próximos anos, com a disseminação da tecnologia, o etanol de segunda geração vai fazer a diferença e o mercado vai olhar com mais interesse", projetou.

Para Swarcz, os estados reconhecidos como principais na produção de etanol tradicional também poderão se tornar referência para o de segunda geração São eles: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Alagoas e Pernambuco.

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