No Brasil, em 58% das empresas, prática do home office existe há menos de quatro anos
Foto: DavidMartynHunt
Quem nunca sonhou em trabalhar em casa? As vantagens da prática conhecida como "home office" são inúmeras: satisfação dos funcionários, contribuição para a mobilidade urbana das cidades, redução de custos, entre outras. Apesar desses benefícios, só 36% das empresas adotam o trabalho em casa no Brasil, segundo revela uma pesquisa da SAP Consultoria.
O estudo, realizado com mais de 200 companhias, foi feito no primeiro semestre de 2014, mas só agora teve seus resultados divulgados para a imprensa.
Das organizações que permitem que seus funcionários trabalhem de casa, apenas 42% possuem uma política formal para isso. Outras 9% estão em fase de implantação dessas regulamentações.
No país, as empresas de Tecnologia ainda são as mais abertas ao modelo de jornada flexível – 19,23% do total. Em segundo lugar vem a área de Pesquisa e Desenvolvimento (15,38%) e em terceiro a de Química, Petroquímica e Agroquímica (10,26%).
O home office também parece ser mais comum em companhias com equipes pequenas. Daquelas que têm essa iniciativa, 51,29% têm menos de 1.000 funcionários. Já entre as que possuem mais de 10.000 empregados, a fatia cai para 12,82%.
O levantamento também mostra que a prática ainda é recente por aqui. Em 58% das empresas, ela existe há menos de quatro anos.
A favor
O desejo de promover a flexibilidade no ambiente de trabalho foi o motivo mais comum para as empresas adotarem o home office (69% deram essa justificativa).
Em seguida foram mencionadas a melhoria da qualidade de vida da equipe (67%) e os problemas com o tempo de locomoção até o escritório (45%). A redução de custos ficou com 31%.
Já em relação aos resultados obtidos com a medida, a satisfação dos colaboradores envolvidos foi o principal, citado por 74% das empresas. Além disso, 42% disseram que tiveram ganhos de produtividade e 37% afirmaram que a prática serviu como política de retenção.
Contra
Entre as empresas que não oferecem a opção do home office, 83% nunca tiveram a prática, 14% estudam adotá-la e 3% já tiveram, mas desistiram.
As principais explicações para isso são o conservadorismo da direção da companhia (citado por 42%), o tipo de atividade (35%) e os aspectos legais (28%).
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