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Às vésperas da COP-18, Pnuma destaca experiência do Brasil para conter desmatamento

No caso brasileiro, o estudo destaca que as medidas de controle e fiscalização do crime ambiental nas florestas do país resultaram na redução da derrubada de árvores. Na Amazônia Legal, por exemplo, o tamanho do desmatamento caiu de 29 mil quilômetros quadrados (km²) em 2004, para 6,4 mil km² em 2012. O levantamento do Pnuma será um dos instrumentos usados pelos negociadores na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada no Catar, a partir da próxima semana.

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21/11/2012 às 12:50 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:01 - há XX semanas
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Toras de madeiras apreendidas pelo Ibama em uma área a 150km de Santarém (PA), em novembro de 2012
Foto: Divulgação/Ibama

Por Agência Brasil

As conquistas brasileiras de redução do desmatamento ilegal, principalmente na região da Amazônia, foram apontadas na quarta-feira, 21 de novembro, em Londres, como um exemplo a ser seguido por todos os países do mundo.

Ao alertar para a impossibilidade de manter a elevação de temperatura abaixo dos níveis ideais para minimizar os impactos do aquecimento global, o relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) indica, pela primeira vez, experiências exitosas que deveriam ser adotadas pela comunidade internacional.

No caso brasileiro, o estudo destaca que as medidas de controle e fiscalização do crime ambiental nas florestas do país resultaram na redução da derrubada de árvores. Na Amazônia Legal, por exemplo, o tamanho do desmatamento caiu de 29 mil quilômetros quadrados (km²) em 2004, para 6,4 mil km² em 2012.

Investimentos em florestas

O levantamento do Pnuma será um dos instrumentos usados pelos negociadores na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, conhecida como COP-18, que será realizada no Catar, a partir da próxima semana.

O levantamento do Pnuma será um dos instrumentos usados pelos negociadores na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, conhecida como COP-18, que será realizada no Catar, a partir da próxima semana.

Os investimentos em florestas e na criação de áreas protegidas na Costa Rica também foram destacados no estudo. De acordo com os dados divulgados pelo Pnuma, o país conseguiu ampliar a conservação da biodiversidade, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa e associando essa medida à atração de novos recursos para o país, com a vinda de turistas curiosos em visitar esses locais.

Importância do Redd

Segundo os pesquisadores, com essas ações, Brasil e Costa Rica conseguiram antecipar os resultados da Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, a chamada Redd. A medida é um dos pontos polêmicos a serem tratados na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Nas últimas semanas, o governo brasileiro tem ressaltado a importância da regulamentação internacional do mecanismo, que está no centro das polêmicas nas discussões sobre clima. O Redd funcionaria como uma compensação financeira para os países em desenvolvimento ou para comunidades específicas desses países, pela preservação de suas florestas.

Mas, segundo Palácio do Planalto, apesar de todos os avanços conquistados, a única compensação real até o momento são os recursos do Fundo Amazônia. O fundo foi criado em 2008 para captar doações para investimentos em prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e para a conservação e o uso sustentável da Floresta Amazônica.

No relatório, o Pnuma ainda cita outras “ações inspiradoras” que foram implementadas internamente e voluntariamente por vários países – com destaque para Alemanha e Brasil, principalmente, em setores como o de eficiência energética de edifícios, redução de emissões de veículos e investimentos em fontes de energia renovável.

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