Ban Ki-moon discursa no evento Ação Climática 2016, realizado em Washington
Foto: ONU/Eskinder Debebe
O secretário-geral das Nações Unidas está na capital americana, Washington, participando do evento Ação Climática 2016, que reúne líderes de empresas, de governos e da sociedade civil. Em discurso na quinta-feira, 5 de maio, Ban Ki-moon ressaltou que a meta não pode ser nada menos do que "a transformação radical da economia global", por um mundo com zero emissão de carbono até a segunda metade do século.
Segundo dados do Banco Mundial, o setor de transportes poderá emitir 33% das emissões globais de gases de efeito estufa até 2050, já que o número de veículos circulando poderá dobrar para 2 bilhões. Mas após a assinatura do Acordo de Paris por 175 países, ocorrida há duas semanas, o chefe da ONU acredita que "as estrelas estão alinhadas a favor da ação pelo clima".
Ele mencionou várias vantagens geradas com a redução das emissões e a melhoria da resiliência: novos mercados, novos postos de trabalho, ar mais limpo e melhor qualidade de saúde.
EUA e China
Ban Ki-moon reconhece o papel das empresas que estão criando tecnologias amigas do ambiente e produzindo energia limpa. Para conseguir zerar as emissões de gás carbônico, o secretário-geral lembra ser necessária mobilização numa escala sem precedentes. Segundo ele, Estados Unidos e China são essenciais e os dois países assinaram o Acordo de Paris e prometerem reduzir suas emissões.
Ban Ki-moon declarou que não "há um minuto para o descanso", porque é preciso cumprir as promessas feitas tanto no acordo do clima quanto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Inovação
O secretário-geral explicou que o evento em Washington foca em áreas onde pode haver parcerias entre setores público e privado: energia sustentável, uso sustentável da terra, cidades, transportes e tomada de decisão.
Ban lembra que nenhuma nação ou sociedade pode ter sucesso sozinha, por isso é essencial colaborar, inovar e investir em ações que evitem o aumento da temperatura, interropam o derretimento das geleiras e evitem mais secas ou tempestades.
O presidente do Banco Mundial também discursou no encontro e destacou que atualmente, as enchentes causam prejuízos de US$ 6 bilhões ao ano aos países em desenvolvimento. Mas segundo Jim Yong Kim, esse valor deve subir para US$ 1 trilhão em 2050.
(Por Leda Letra, da Rádio ONU)
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