Lefteris comemora a liberdade que perdeu após um acidente que lhe tirou os movimentos dos membros inferiores
Foto: Reprodução
“Foi irreal”, descreveu o mecânico Lefteris Theofilou, de 52 anos, sobre entrar sozinho nas águas de uma das ilhas gregas onde vive, depois de passar mais da metade de sua vida na cadeira de rodas apenas sobre a terra, sonhando com esta possibilidade. O relato foi feito à Agência Reuters e mostra como um mecanismo, movido a energia solar e capaz de andar sobre trilhos, além de levar e retirar o cadeirante de dentro do mar (sem a ajuda de um humano) faz a diferença na vida de uma pessoa com deficiência.
No entanto, o engenhoso equipamento está distante da realidade da maioria das pessoas com deficiência, pois custa cerca de 30 mil euros (cerca de R$ 80 mil). Outro fator é que o dispositivo que permite o funcionamento da Seatrac, criado em 2008, está protegido por patentes europeias e norte-americanas. Até hoje, existem 11 deles em todo o território grego e, por falta de incentivo do governo, não há capacidade para popularizar o projeto.
Com esforços próprios, os criadores já conseguiram exportar o produto para o Chipre, e há negociações com países como Croácia, França, Emirados Árabes Unidos e Israel. Uma das estratégias para dar continuação ao projeto é usar a cadeira como atrativo turístico para arrecadar fundos. O engenheiro Ignatios Fotiou, um dos inventores do Seatrac, comparou a falta de apoio do governo à "construção de um apartamento de cobertura sem um edifício embaixo dele".
Para Theofilou, que utiliza o equipamento, trata-se de uma questão de descaso. "Esses caras criaram uma coisa incrível, e ainda tropeçamos em problemas do Estado. Esse é o desleixo do Terceiro Mundo".
Veja um vídeo que mostra o depoimento e a experiência completa com a Seatrac
EcoDesenvolvimento.org - Tudo Sobre Sustentabilidade em um só Lugar.Veja também:
Leia também:
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!