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Café de luxo é produzido com requintes de crueldade animal, denuncia Peta

Quem é que não gosta de um cafezinho? A bebida, uma das mais populares do mundo, costuma despertar quem a consome, além de ter aroma e sabor agradáveis. Tradicionalmente, o café é produzido a partir dos grãos torrados do fruto do cafeeiro. Mas um dos cafés mais luxuosos do mundo, o Kopi Luwak, conta na sua produção com sementes ingeridas e excretadas por pequenos mamíferos do sudeste asiático, os civetas, o que esconde uma realidade bem sombria.

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06/11/2013 às 10:10 • Atualizada em 27/08/2022 às 18:45 - há XX semanas
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Quem é que não gosta de um cafezinho? A bebida, uma das mais populares do mundo, costuma despertar quem a consome, além de ter aroma e sabor agradáveis. Tradicionalmente, o café é produzido a partir dos grãos torrados do fruto do cafeeiro. Mas um dos cafés mais luxuosos do mundo, o Kopi Luwak, conta na sua produção com sementes ingeridas e excretadas por pequenos mamíferos do sudeste asiático, os civetas, o que esconde uma realidade bem sombria.

O quilo do Kopi Luwak sai, em média, por US$ 400. Apreciadores argumentam que a passagem das sementes pelo trato digestivo dos civetas, confere um sabor suave e caramelizado ao café. Contudo, sua produção envolve confinamentos e uma dieta debilitante. As Filipinas e a Indonésia concentram a maior parte da lida com o produto, cujos métodos têm sido, há tempos, alvo de ataque de ambientalistas e grupos de defesa dos animais, como o Peta. Um estudo recente feito pela organização não governamental levou três grandes hotéis de luxo de Hong-Kong a riscarem do menu a oferta dessa bebida.

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Eles costumam ficar loucos do estresse no confinamento, relata o Peta
Fotos: Getty Images

Ao longo de um mês, ativistas do Peta visitaram fazendas produtoras do café e constataram as condições debilitantes às quais os animais são submetidos – e que nem sempre são perceptíveis aos olhos de um turista ocasional. Para fazer o café, conforme relato da ONG, os civetas “são arrancados de seus abrigos na natureza e aprisionados em minúsculas gaiolas sujas. Eles costumam ficar loucos do estresse no confinamento. Privados de nutrição adequada e confinados em gaiolas de arame, os animais muitas vezes perdem sua pele”, alerta o texto.

Uma filmagem secreta de algumas fazendas mostra os civetas doentes que sofrem de infecções e apresentam sinais de zoochosis, uma condição em que os animais de cativeiro andam, sem parar, em círculos dentro de suas gaiolas, balançando a cabeça freneticamente. Em estado selvagem, os civetes sobem em árvores para alcançar as bagas de café e escolher o que vai comer, mas em cativeiro, eles são alimentados apenas com fruto maduro numa intensidade que jamais iriam comer naturalmente, levando a deficiências nutricionais.

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Sementes são ingeridas e excretadas por pequenos mamíferos para a produção do café

Em 2011, o jornal britânico The Guardian visitou uma loja de café na ilha de Sumatra, onde um civeta fêmea era mantido em uma jaula apertada na parte de trás das instalações. Sua prole de dois jovens foram separados dela. Outras 20 gaiolas estavam dispostas sobre telhado da loja, longe dos olhos do visitante comum. Em geral, os animais são mantidos enjaulados por um período máximo de três anos, antes de serem liberados de volta para a vida selvagem. Neste retorno, nem todos sobrevivem.

A Peta tem feito uma mobilização em seu site para que as pessoas relatem os maus-tratos aos civetas ao CEO da Amazon.com, Jeff Bezos, pois o site é um dos postos de venda em que o café pode ser encontrado. No início de outubro, você viu aqui no EcoD que a versão britânica da empresa de comércio eletrônico proibiu a comercialização de foie gras, o fígado de um pato ou ganso superalimentado, de maneira forçada.

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