O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos. Foto: Divulgação
Representantes de movimentos sociais espalhados pelo Brasil reuniram-se para conscientizar a população dos malefícios que os agrotóxicos utilizados nos alimentos podem trazer à saúde. A iniviativa deu vida à Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.
A campanha, que foi motivada pela estimativa de que o Brasil, nos últimos três anos, ocupa o lugar de maior consumidor de agrotóxicos, convida os internautas para assinar uma petição contra o uso excessivo dos produtos. Além disso, os associados inscreveram a iniciativa no Catarse, com a proposta de desenvolver a seguintes ações:
- Elaborar seminários para colaboradores, para multiplicar o trabalho;
- Exibir sessões de cine-debate com o filme O Veneno Está na Mesa;
- Realizar palestras e cursos em comunidades, escolas e ONGS;
- Criar, imprimir e distribuir, gratuitamente, cartilhas, cartazes e panfletos informativos;
- Produzir um vídeo de curta metragem para sensibilizar o público;
- Realizar ações junto ao poder público e propostas legislativas;
- Apoiar a criação e manutenção de hortas orgânicas comunitárias;
- Manter um canal de comunicação constante com a sociedade, fornecendo orientação e convidando para ações.
O EcoD mostrou que a agroecologia é uma alternativa ao uso de agrotóxico. Durante o Congresso Mundial de Nutrição, no Rio de Janeiro, que reuniu diferentes estudos sobre os riscos do uso do agrotóxico no país, o professor Fernando Ferreira Carneiro, chefe do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), defendeu que, para o país viver uma “verdadeira revolução ecológica” é preciso investir no desenvolvimento da agroecologia.
"Há alternativas para alimentar o mundo sem agrotóxicos e a agroecologia é o caminho que pode gerar um novo modo de vida. O Brasil vive uma situação muito crítica, com o uso descontrolado de agrotóxico no campo. Mas é possível mudar essa condição com investimento e apoio à política estratégica da agroecologia”, frisou.
Uma portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicada em 17 de janeiro, determina que o metamidofós, agrotóxico usado nas lavouras brasileiras (principalmente nas de cana-de-açúcar, soja e algodão) deverá sair do mercado gradualmente e que o uso do produto será proibido a partir de dezembro de 2012.
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